A idéia é da Equipe da Brinquedoteca do IOT, com apoio do Comitê de Humanização do Instituto, coordenado pela terapeuta ocupacional Thais dos Reis Olher. Ela teve a idéia de implantar o projeto e orientou uma das recreacionistas do Instituto, Alexandra Cavalcanti, para que ela fizesse o curso Biblioteca Viva. Trata-se de um programa desenvolvido desde 1995 pela Fundação Abrinq em parceria com o Citigroup, com apoio do Ministério da Saúde, que tem o objetivo de fazer a "mediação" de histórias para o público infantil.
"Mas logo em seguida, o grupo Viva e Deixe Viver, voltado para a infância e adolescência, começou a trabalhar com as crianças do Hospital. Então, para não repetir a mesma atividade, pensamos que poderíamos adaptar os conhecimentos adquiridos no curso Biblioteca Viva para o público da terceira idade", conta Thaís. Segundo ela, existia uma demanda no sentido de oferecer alguma atividade recreativa aos internos desta faixa etária.
Escolhendo um livro
Uma vez por semana, Alexandra visita as enfermarias do IOT e se apresenta aos pacientes com mais de 60 anos, explicando como funciona o trabalho. Então ela pergunta se eles querem ouvir alguma história. Em caso positivo, o paciente escolhe se quer que ela conte ou se prefere ele mesmo ler o livro. "Em alguns casos, deixamos o livro com o paciente, que na semana seguinte faz comentários sobre a história", afirma Thais. A atividade é voltada especificamente para o público da terceira idade, mas muitas vezes há um paciente mais jovem no quarto. Nesse caso, ele também é convidado a participar.
Uma vez por semana, Alexandra visita as enfermarias do IOT e se apresenta aos pacientes com mais de 60 anos, explicando como funciona o trabalho. Então ela pergunta se eles querem ouvir alguma história. Em caso positivo, o paciente escolhe se quer que ela conte ou se prefere ele mesmo ler o livro. "Em alguns casos, deixamos o livro com o paciente, que na semana seguinte faz comentários sobre a história", afirma Thais. A atividade é voltada especificamente para o público da terceira idade, mas muitas vezes há um paciente mais jovem no quarto. Nesse caso, ele também é convidado a participar.
Contando sua história de vida
Os livros
Os livros utilizados na atividade vão desde "O Pequeno Príncipe", de Antoine de Saint-Exupéry, passando por "Marcelo, Marmelo, Martelo", de Ruth Rocha, até obras de grandes autores, como Érico Veríssimo. Thais explica que a proposta original é usar livros menores, de 20 a 30 páginas, com muitas ilustrações. Se o paciente gostar, o grupo oferece outra obra com um número maior de páginas para que ele leia até a semana seguinte. Há livros sobre os grandes mestres da pintura (que trazem muitas ilustrações) e sobre personagens de Walt Disney.
"Já tivemos pacientes que perguntaram se tínhamos a Bíblia. Havia um exemplar conosco e deixamos com eles", conta. O grupo também dispõe de revistas de assuntos diversos, desde carros, semanais, de informação, para o público adolescente e até revistas de fofoca. Todo o material é fruto de doação de pacientes e funcionários. São realizados, segundo Thaís, cerca de 50 atendimentos por mês.
Thais comenta que essa atividade fez com que um paciente contasse toda a sua trajetória de internação dentro do Hospital das Clínicas. "Ele falou sobre todos os setores que já havia passado no HC e os motivos das internações. Por fim, disse que o melhor lugar que havia ficado tinha sido o IOT", afirma. Segundo ela, uma das idéias do grupo, para o futuro, é passar a anotar essas histórias para publicá-las, seja interna ou externamente. "Mas por enquanto ainda estamos estudando essa possibilidade, firmando mais o projeto, para empreender a iniciativa", finaliza a terapeuta ocupacional.
Fonte: Diário da Saúde, Texto de Valeria Dias
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