quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Barganha literária está de volta em São Carlos


A Prefeitura Municipal, por meio da Secretaria de Educação e do SIBISC (Sistema Integrado de Bibliotecas do Município de São Carlos), volta a realizar a Barganha Literária. O evento acontece no dia 31 de agosto das 8h30 às 12h30, no Monumento Anita Garibaldi na Praça Coronel Paulino Carlos de Arruda Botelho. Toda a comunidade está convidada a participar.

A Barganha Literária é um Projeto de Incentivo à Leitura do SIBI de São Carlos, que será realizado na Praça, na maioria das vezes, no último domingo de cada mês, nos dias 31 de agosto, 28 de setembro, 26 de outubro, 30 de novembro e 14 de dezembro.

A diretora do Departamento do SIBI, Daniele Ferreira Furlan, contou que também são realizadas as Barganhas Literárias Itinerantes. “Elas acontecem sempre que somos convidados a participar de comemorações, datas festivas e eventos em vários locais da cidade”, explicou ela.

As datas da Barganha Literária Itinerante definidas até o momento são dia 30 de agosto na Escola do Futuro da EMEB Carmine Botta e no dia 6 de setembro no CEMEI Deputado Vicente Botta. 

A diretora explica que a barganha é feita para todas as idades, por isso é disponibilizado ao público uma grande variedade de assuntos. “O objetivo principal do evento é a oportunidade da troca de até cinco exemplares por outros, por exemplo, livro por livro, revista por revista ou gibi por gibi”, explicou Daniele.

A equipe do SIBISC é responsável pela organização das Barganhas assim como as atividades culturais apresentadas em cada edição. 

Fonte: Portal Prefeitura de São Carlos

domingo, 3 de agosto de 2014

10 livros para se apaixonar pelo protagonista

Uma seleção de grandes personagens criados sob medida para os corações românticos

Convenhamos: quando o herói da história é interessante, o romance nos cativa muito mais. Às vezes, até demais! Quem já sonhou acordada com o Mr. Darcy sabe bem do que estamos falando. Ops, você não sabe quem é esse tal de Darcy? Pois está na hora de conhecer esse e outros grandes - e apaixonantes - homens da literatura brasileira e mundial. Você não vai querer largar os livros...

1. Heitor, de A Ilíada (Autor: Homero)

Você poderia ficar do lado de Aquiles na batalha final. Mas não ficará. Heitor é viril, corajoso, forte, bom marido... enfim. Motivo mais que suficiente para torcer por Troia. E para encarar o poema épico de Homero, que está longe de ser uma leitura fácil, mas vale a pena por seu valor histórico e cultural. Nela estão muitas das mitologias inseridas hoje no nosso cotidiano (já ganhou um "presente de grego"?), além desse homem ma-ra-vi-lho-so. Se puder, leia na versão de Haroldo de Campos, um clássico da tradução brasileira.

2. Tristão, de Tristão e Isolda (
Autoria anônima)

Sim, ele toma uma poção e só por isso se apaixona pela princesa Isolda. Mas esse detalhe mínimo não tira o romantismo do cavaleiro Tristão, irreversivelmente apaixonado e condenado a viver um amor clandestino. Para completar, o bonitinho é esperto, leal e bom de briga - calma lá, ele não é violento nem pratica bullying; lembre-se de que estamos falando da Idade Média na Grã-Bretanha. Esse mito de provável origem celta foi contado e recontado muitas vezes e não pode deixar de passar pela cabeceira da sua cama. Ler Tristão é garantia de doces sonhos.

3. Romeu, de Romeu e Julieta (
Autor: William Shakespeare)

Ok, alguns diriam que o doce Romeu é um tanto quanto volúvel, já que de manhã está doidinho por uma - a Rosalina - e, à noite, cai de amores pela Julieta. "Meu coração amou até agora?", questiona o jovem ao ver a nova amada. E, junto com ele, concluímos que não, que ele não havia amado até então. Ninguém, aliás, parece amar tão pura e abertamente quanto Romeu e Julieta, o casal-ícone do romantismo e inspiração para trocentas mil outras obras. A peça escrita pelo bardo inglês no final do século 16 é imperdível porque 1) tem texto lindamente poético; 2) talvez seja a mais bela e triste saga de amor; 3) o Romeu é um fofo.

4. Petruchio, de A Megera Domada (
Autor: William Shakespeare)

O refinamento não é o seu forte. Esse verdadeiro exemplo de que "os brutos também amam", porém, conquistará a sua simpatia. Ele sabe, como nenhum outro, domar com jeitinho uma mulher - no caso, Katherina, a "megera" do título. Se nunca leu a peça, mas está reconhecendo o enredo, talvez você tenha assistido à novela O Cravo e a Rosa, da Rede Globo, livremente baseada na obra de Shakespeare. Embora o ator Eduardo Moscovis tenha encarnado um bom Petruchio, porém, isso não é desculpa para não ler o texto - ainda mais na divertida tradução de Millôr Fernandes.
 
5. Visconde de Valmont, de As Ligações Perigosas (Autor: Pierre Choderlos de Laclos)

Quem tem séria vocação para "mulher de malandro" deve tomar duas providências: 1) ler As Ligações Perigosas e 2) procurar ajuda. Ou vice-versa. É por esse romance epistolar - composto apenas por cartas - do fim do século 18 que circula a figura inesquecível do Visconde de Valmont, já retratado algumas vezes no cinema. Sabe aquele homem de quem todas as mulheres falam (mal), mas que todas querem conhecer (bem)? Manipulador e esnobe, esse nobre cavalheiro pode virar a sua cabeça. Cuidado.
 
6. Mr. Darcy, de Orgulho e Preconceito (Autor: Jane Austen)

Ah, Mr. Darcy. Com quantas outras será que eu divido você? Não importa. O bom de ser personagem é existir em muitas imaginações ao mesmo tempo, e com a mesma força - ainda mais quando se é uma espécie de parâmetro do homem ideal. E bota ideal nisso: inteligente, rico, bonito e, vá lá, um tanto orgulhoso. Mas Lizzie, a heroína desse clássico publicado no início do século 19, saberá despertar a sua humildade. Darcy forma com Mr. Knightley (Emma), Coronel Brandon (Razão e Sensibilidade) e Capitão Wentworth (Persuasão) o time dos sonhos de Jane Austen, que, infelizmente, morreu solteira - com esses homens, também, quem ia querer um de verdade.
 
7. Edward Rochester, de Jane Eyre (Autor: Charlotte Brontë)

De início, ele assusta. Depois, dá raiva. Por fim, você e a governanta Jane Eyre estarão no mesmo beco sem saída: nutrindo um amor eterno por esse homem excêntrico e sofrido, que se deixa conhecer aos poucos. Um passado escondido a sete chaves apimenta a intriga criada por uma das irmãs Brontë, publicada em pleno conservadorismo da Inglaterra vitoriana de 1847. É o livro perfeito para quem gosta de personagens fortes, mistério e romance, mas nada açucarado demais.
 
8. Heathcliff, de O Morro dos Ventos Uivantes (Autor: Emily Brontë)

A irmã de Charlotte também criou o seu homem dos sonhos - e, honestamente, também de pesadelos. Heathcliff cultiva uma obsessão por Catherine, sua irmã postiça, e é rude, estranho e temperamental. Ainda assim, porém, há algo nele de extremamente irresistível. Afinal, trata-se de um homem fiel ao seu amor e que, apesar de todos os obstáculos, consegue dar a volta por cima na vida. E agora chega de falar! O Morro dos Ventos Uivantes é para ser lido, degustado, sentido. Você vai ver.
 
9. Fernando Seixas, de Senhora (Autor: José Alencar)

Missão: convencer uma adolescente a ler José de Alencar. Solução: Fernando Seixas. Ele é ambicioso, fútil e esnobe. Mas... O futuro se encarregará de eliminar cada uma dessas características, deixando apenas as boas: modos sofisticados, porte elegante, carisma pra dar e vender. Publicada em 1875, essa é a história da vingança de uma mulher rejeitada, Aurélia, que não sossegará até deixar Fernando ao seus pés - literalmente. Ui, imperdível.
 
10. Capitão Rodrigo, de O Tempo e o Vento (Autor: Érico Verissimo)

Quem disse que só Crepúsculo tem um bonitão sexy e de bom caráter? Esqueça os vampiros (já deu, né?) e venha para o fabuloso Rio Grande do Sul contado por Verissimo, que nos presenteou com um herói boa pinta, valente e danadinho na medida certa. Personagem-título de Um Certo Capitão Rodrigo, parte da saga gaúcha O Tempo e o Vento, Rodrigo Cambará apaixona-se por Bibiana Terra, mostrando que o amor é capaz de transformar até o mais sem vergonha dos corações. Ter sido interpretado pelo ator Thiago Lacerda também não lhe fez mal algum.
 
Fonte: Educar Para Crescer. Texto de Cynthia Costa.