segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Crianças e Livros: 10 dicas para incentivar os pequenos leitores


Os benefícios da leitura são amplamente conhecidos. Quem lê adquire cultura, passa a escrever melhor, tem mais senso crítico, amplia o vocabulário e tem melhor desempenho escolar, dentre muitas outras vantagens. Por isso, é importante ler e ter contato com obras literárias desde os primeiros anos de vidaMas, como fazer com que crianças em fase de alfabetização se interessem pelos livros? É verdade que, em meio a brinquedos cada vez mais lúdicos e cheios de recursos tecnológicos, essa não é uma tarefa fácil. Mas pequenas ações podem fazer a diferença. “O comportamento da família influencia diretamente os hábitos da criança. Se os pais leem muito, a tendência natural é que a criança também adquira o gosto pelos livros”, afirma Rosane Lunardelli, doutora em Estudos da Linguagem e professora na Universidade Estadual de Londrina (UEL).

A família tem o papel de mostrar para a criança que a leitura é uma atividade prazerosa, e não apenas uma obrigação, algo que deve ser feito porque foi pedido na escola, por exemplo. Para seduzir pela leitura, há diversas atividades que os pais e outros familiares podem colocar em prática com a criança e, assim, fazer do ato de ler um momento divertido. No período da alfabetização, especialistas sugerem que se misture a leitura com brincadeira, fazendo, por exemplo, representações da história lida, incentivando a criança a criar os próprios livros e pedindo que a criança ilustre uma história. “Para encantar as crianças pequenas, é essencial brincar com o livro”, recomenda Maria Afonsina Matos, coordenadora do Centro de Estudos da Leitura da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Maria Afonsina também dá uma dica: nunca reclame dos preços dos livros diante do seu filho. “O livro precisa ser valorizado”, diz ela.

Leia a seguir 10 dicas para transformar o seu filho em fase de alfabetização em um pequeno grande leitor:

1. Respeite o ritmo do seu filho

Não se preocupe se o livro escolhido pelo seu filho parecer infantil demais. Cada criança tem um ritmo diferente. O importante é que o livro esteja sempre presente. A criança costuma dar sinais quando se sente preparada para passar para um próximo nível de leitura. “É preciso estudar o outro, entender o que ele gosta e respeitar as preferências”, afirma Maria Afonsina Matos, coordenadora do Centro de Estudos da Leitura da Uesb.

2. Siga o gosto do seu filho

Talvez o que o seu filho gosta de ler não seja exatamente o que você gostaria que ele lesse. Mas, para adquirir o hábito a leitura, é preciso sentir prazer. Então, se o seu filho prefere ler livros de super-heróis aos clássicos contos de fada, por exemplo, não se preocupe (e nem pense em proibi-lo!). “É importante entender a criança e lhe proporcionar leituras que atendam aos seus desejos”, diz Rosane Lunardelli, da UEL.

3. Traga a leitura para o cotidiano

“Os pais precisam dar possibilidades para que as crianças se sintam envolvidas pela leitura”, recomenda Lucinea Rezende, da UEL. Por isso, no seu tempo livre, procure fazer atividades com o seu filho que você possa relacionar com um livro. Uma ida ao zoológico, por exemplo, torna-se muito mais interessante depois que a criança leu um livro sobre o reino animal. E vice-versa: uma leitura sobre animais é mais bacana depois que a criança teve a oportunidade de ver de perto os bichinhos. E, assim como essa, há muitas outras maneiras de juntar passeios de fim de semana com a leitura: livro de experiências + visita a museu de ciências, livro de história + passeio em local histórico, visita a museu de arte + livro infantil sobre arte… As possibilidades são inúmeras!

4. Incentive a leitura antes de dormir

Incentive o seu filho a ler todas as noites. E, se ele ainda não for alfabetizado, conte histórias para ele antes de dormir. Por isso, é importante que ele tenha uma fonte de iluminação direta ao lado da cama, como um abajur. Uma ideia bacana é dar um presente para a criança nos fins de semana: permita que ela fique acordada até um pouco mais tarde para ler na antes de dormir. A professora Maria Afonsina Matos, da Uesb, relata que costumava contar histórias para os seus filhos todas as noites. “Hoje eles são adultos que leem muito”, conta.

5. Improvise representações dos livros

“Concluída a leitura de um livro, os pais podem organizar peças de teatro baseadas na obra”, sugere Lucinea Rezende, da UEL. Uma boa ideia é convidar outras crianças para participar da atividade. Os adultos podem ajudá-las a elaborar uma espécie de roteiro e pensar nas vestimentas e nos cenários a serem criados. Depois dos ensaios, a peça pode ser apresentada para um grupo de pais ou para toda a família. Também é interessante gravar com o celular ou uma filmadora a encenação da peça, para que depois a criança possa ver o próprio desempenho.

6. “Publique” o livro do seu filho

Proponha para o seu filho que ele faça o próprio livro. “As crianças gostam de criar histórias, viver personagens, imaginar paisagens”, diz Maria Afonsina Matos, da Uesb. Primeiro, peça que ele tire fotos (e imprima-as) ou recorte figuras de revistas antigas. Depois, a partir das imagens, peça que ele escreva uma história. Ajude-o a criar uma capa para o livro e, por fim, coloque-o na estante, junto com outros livros. Que criança não adoraria ter um livro de sua autoria na biblioteca de casa?

7. Organize um clube do livro

Convide amigos e colegas de escola do seu filho para uma espécie de festa da leitura. No início, cada criança lê o trecho de um livro que pode até ser escolhido por eles (mas com orientação dos adultos). Depois de lida a obra, organize um debate sobre a história. Tudo isso pode ser feito durante uma tarde de sábado ou domingo, com direito a guloseimas que as crianças adoram, como cachorro-quente e chocolate quente (no fim de semana, pode!). “Na infância, a leitura tem de estar ligada a uma atividade divertida”, afirma Rosane Lunardelli, da UEL.

8. Ajude-o a ler melhor

Muitas crianças ficam frustradas por ler muito devagar em voz alta. Se é o caso do seu filho, você pode ajudá-lo fazendo exercícios, como cronometrar o tempo que ele leva para ler um texto ou o trecho de um livro em voz alta. A atividade pode ser repetida várias vezes em dias diferentes e, assim, a criança vai poder comprovar o próprio desenvolvimento. Para aprimorar a atividade, peça que ele faça vozes diferentes para cara personagem da história. “A sonoridade fascina as crianças”, explica Lucinea Rezende, da UEL.

9. Não pare de ler para ele

Após a alfabetização, é importante incentivar que a criança leia sozinha, mas isso não significa que você deva parar de ler para ela. Quando um adulto lê em voz alta um livro um pouco mais difícil, a criança é capaz de compreendê-lo, o que provavelmente não aconteceria se ela estivesse lendo sozinha. Abuse das vozes diferentes, dos sons, das entonações. Assim, a história fica muito mais emocionante. Parlendas e músicas, por exemplo, são ideais para serem lidas em voz alta. “Histórias lidas em voz alta e com emoção deixam as crianças mais leves, mais soltas”, afirma Maria Afonsina Matos, da Uesb.

10. Frequente livrarias e bibliotecas

“Para adquirir o gosto pela leitura, a criança precisa se familiarizar com o ambiente de leitura”, diz Rosane Lunardelli, da UEL. E, enquanto o acervo literário de casa é limitado, nas livrarias e nas bibliotecas a criança pode ter contato com uma infinidade de obras diferentes. Transforme as idas a livrarias, bibliotecas e feiras do livro em um programa de fim de semana. Hoje, nas grandes cidades, muitas livrarias e bibliotecas públicas oferecem atividades específicas para as crianças. E esse programa ainda é de graça. Algumas livrarias, inclusive, têm espaços para leitura (sem que os livros precisem ser comprados!).

Fonte: Educar para Crescer

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A importância dos Contos Clássicos para as crianças



Este texto tem o intuito de discorrer, brevemente, sobre a importância dos contos clássicos no desenvolvimento infantil. Este tipo de literatura tem encontrado, muitas vezes, uma barreira dentro da própria escola, tendo seu conteúdo alterado, modificado, ou mesmo relegado a segundo plano pela crença equivocada de que seja psiquicamente prejudicial para as crianças. Uma dúvida que se coloca na escola é quanto ao temor de alguns pais ou responsáveis sentirem-se ameaçados pela história que apresenta um dos genitores como mau, e se teme que a criança possa voltar-se contra o mesmo em casa. Como professora de educação infantil, tive a experiência de ouvir a mãe pedindo para não contar histórias que houvessem madrastas porque isto poderia fazer com que a filha ficasse com raiva dela.
Nada mais equivocado, uma vez que lidando com a questão dos conflitos colocados no conto, a criança fica mais apta a lidar com os seus próprios, pela compreensão de que se ela tem, às vezes, um sentimento não muito amistoso em relação aos pais, isto não faz dela um monstro.
Segundo o psicólogo infantil Bruno Bettelheim (1), ao contrário do que muitos pensam, o conto de fadas direciona a agressividade de modo mais saudável, porque permite a criança averiguar que os sentimentos de raiva, vingança, medo, existem para todos e não só para ela, que muitas vezes, se sente mal por percebê-los dentro de si. Segundo o autor, os contos clássicos levam muito a sério os dilemas existenciais e se dirige diretamente a eles; como a necessidade de ser amado, o medo de ser considerado sem valor, o amor pela vida e o medo da morte.
É bastante comum, pessoas que trabalham com a criança e não somente os pais, sentirem um certo receio de contarem estas historias alegando que sejam de conteúdo muito forte, e que podem causar traumas a ela. O que é preciso entender, é que o conto clássico nada mais é do que a representação psicológica dos medos humanos mais comuns. E ao deixar de contar essas histórias a criança, perde-se a oportunidade de ajudá-la com seus medos e angústias a que, por certo, todas estão sujeitas, uma vez que o mundo circundante não é feito só de beleza e amabilidades. Sendo a criança o ser inteligente que é, percebe isto muito bem e não há porque enganá-la.
Em praticamente todo o conto de fadas, o bem e o mal são corporificados sob a forma de algumas personagens e suas ações, uma vez que o bem e o mal fazem parte da vida de todo ser humano se vê propenso para ambos. Essa dualidade traz a tona o problema moral que requer a luta para resolvê-lo. As personagens dos contos de fadas são ambivalentes, ou seja, ao mesmo tempo boas e más, como são os seres humanos em realidade: nesse caso, elas são do bem, determinadas pelo bem, ou mal e essa polarização é o que permite a criança compreender a diferença entre ambas, uma vez que quando ela se coloca do lado dos heróis, ou do bem, ela está na realidade escolhendo aquilo que desperta sua simpatia, não necessariamente pelas suas qualidades. Aqui o problema que é colocado é o de com quem ela quer parecer e isto é decidido com base na sua projeção entusiástica, numa personagem. Quanto mais simples e direta a personagem boa, tanto mais fácil para a criança identificar-se a ela e rejeitar a má. Como diz Bettelheim justamente porque a vida é com frequência desconcertante para a criança, ela necessita mais ainda que lhe seja dada a oportunidade de entender a si própria nesse mundo complexo com o qual deve aprender a lidar.

Bibliografia

(1) BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise dos contos de fadas. São Paulo: Paz e Terra, 2007.

Fonte: Texto de Eliane de Oliveira Martins Gonçalves (Professora de educação infantil,  Gestora comunitária de educação pela Prefeitura Municipal de São Carlos)
www.mundoescolar3.blogspot.com

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O livro certo para a pessoa certa

Indicação de amigos, professores e até mesmo dar um livro de presente são alguns bons caminhos para criar o gosto pela leitura.

O cenário atual da literatura no Brasil não é dos mais favoráveis, a julgar pela última edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, levantada pelo Instituto Pró-Livro. O estudo, que foi publicado em março deste ano estima que apenas metade da população brasileira lê, e os que leem não consomem mais do que dois livros inteiros por ano, aumentando décimos de uma média que, historicamente, sempre foi baixa.
Porém, alguns dados complementares da pesquisa guardam em si pequenas esperanças de reversão do quadro a longo ou, quem sabe, curto prazo. Por exemplo, a falta de gosto pela leitura não é um empecilho, já que 62% dos entrevistados dizem gostar pelo menos um pouco de ler. E embora 87% dos que não leem afirmem nunca ter ganhado um livro, 88% dos que ganharam garantem a importância do presente para despertar o interesse por ler.
O valor de um livro presenteado, portanto, pode ser maior do que se supõe. É no que acredita o comerciante Cássio Busetto, 36 anos. “Eu sempre parto do princípio de que se alguém não gosta de ler é porque nunca foi apresentado aos livros certos. E por livro certo me refiro aos livros de qualidade e também do interesse da pessoa, que possam trazer conhecimento ou uma visão de mundo interessante.” Busetto tem o costume de dar livros de presente para as pessoas quando sabe que há um mínimo interesse pela literatura, mas é criterioso. “Procuro dar um livro que combine um pouco o gosto dela com o meu, para não presentear com algo que eu considero de mau gosto. Quando a pessoa não lê, mas tem algum interesse, procuro dar algo mais leve e agradável, um entretenimento que possa levar a leituras mais densas.”
Hillé Puonto, pseudônimo da anônima autora do blog Manual Prático de Bons Modos em Livrarias, já ajudou muita gente a encontrar esse presente, e afirma: “O que mais percebo entre as pessoas que vão à livraria atrás de um livro como forma de presente é a necessidade de se comunicar com o presenteado. Há muitas que gostam de compartilhar experiências. Eu, por exemplo, adoro presentear meus amigos com livros que tenham, de alguma forma, representado algo para mim.”
Quem recebe o presente confirma as opiniões acima. O mestrando em estudos literários da Universidade Federal do Paraná, Arthur Tertuliano, 25 anos, ganha quase sempre um livro como presente, e diz que o mimo desperta seu interesse. “Às vezes, fico muito curioso com o que a pessoa pode estar querendo dizer com ‘este livro é a sua cara’, ou dou prioridade para lê-lo quando eu sei que ela está ansiosa para comentar sobre ele”, conta, citando como exemplo o livro Duna, de Frank Hebert, que ganhou de um amigo. “Estou lendo este não só porque a dedicatória é excelente, mas porque sei que meu amigo gosta bastante do livro e gostaria de comentá-lo comigo.”

Indicação valiosa
Esse compartilhamento de experiências no ato de presentear é outro fator de peso para criar leitores. A pesquisa aponta que o regalo representa 21% do acesso a livros e a indicação das pessoas é o terceiro maior fator de influência na hora de escolher um livro para ler, ficando atrás do título do livro e do tema. “Eu tenho um amigo que costuma pensar bastante nos presentes e, há três anos, os livros que ganho dele de aniversário estão entre os melhores que recebo”, comenta Tertuliano, concordando que uma boa indicação faz toda a diferença: “você pode dar algo no estilo do que a pessoa gosta, apresentando algo de que ela ouviu falar, mas com que nunca teve contato direto, ou mesmo abrindo seus horizontes em algum sentido.”
E a principal indicação acontece na sala de aula: 45% dos entrevistados que leem garantem que foi o professor que os influenciou ao hábito, mais do que a mãe (43%) e o pai (17%). O professor de ensino médio e ex-livreiro das Livrarias Curitiba, Claudecir Rocha, 32 anos, acredita que é só uma questão de fisgar o potencial leitor pelo título certo. “É preciso indicar algo agradável antes de apresentar o que eles precisam estudar. Se um aluno de ensino médio tiver de ler só Dom Casmurro, ele nunca mais vai ler Machado de Assis na vida, mas um conto do Machado já é mais apetecível”, afirma, e completa contando sua própria experiência: “li com meus alunos o conto ‘Feliz Ano Novo’, do Rubem Fonseca, e agora eles adoram o escritor. É só uma questão de despertar a curiosidade, e a pessoa nunca mais deixa de ler.”

Fonte: Gazeta do Povo, Texto de Yuri Al'Hanati

terça-feira, 14 de agosto de 2012

4 maneiras de turbinar a leitura

Um livro interessante pode se tornar ainda mais interessante. Alias, não apenas os livros: qualquer coisa pode se tornar ainda mais interessante quando nos informamos mais sobre ela. Novas informações mudam a visão que tínhamos de certos pontos, esclarecem o que estava duvidoso, tornam as situações ainda mais nítidas. Quando estamos apaixonados (ainda estou falando de livros, juro), essa busca acontece naturalmente. Podemos fazer isso antes, durante ou depois da leitura. Ou da releitura.

1.Conhecer a biografia do autor

Livros não surgem do nada. Mesmo quando muito fantasiosos, eles revelam um pouco do autor, do que ele estava vivendo quando escreveu, que tipo de conhecimentos usou na obra. J.R.R. Tolkien, autor da saga Senhor dos Anéis, era filólogo, o que explica como cada povo tinha sua língua e até canções. Muitas das personagens marcantes de Fiódor Dostoiévski foram inspiradas em mulheres com quem ele convivia. O que Franz Kafka teria vivido para fazer obras onde o sujeito se vê acuado diante de situações desconhecidas? São essas questões e muitas outras que uma biografia pode nos responder.

2. Saber em que contexto histórico e literário a obra foi escrita

Mesmo uma história de amor, que parece algo tão universal, é diferente se levarmos em conta que período e que lugar aconteceu. Cada época possui maneiras diferentes de conceber o casamento, o que homens e mulheres podem fazer quando estão apaixonados ou até mesmo se é preciso estar apaixonado pra casar. Os livros escritos numa época revelam os anseios e costumes de cada época – por isso conhecer a literatura nos revela o que há de inédito no livro e no que ele conversa com o seu período.

3. Procurar as referências citadas pelo livro

É raro um livro falar inteiramente de coisas inventadas pelo autor. Os livros nos revelam geografias, como as descrições que Charles Dickens faz das ruas de Paris; os personagens e as coisas que eles fazem nos mostram novas profissões e hobbies. Você pode se interessar por estudar iluminuras depois que leu O nome da rosa – tudo porque os monges do livro se dedicavam a isso. E assim por diante. Quando é um livro baseado em personagens reais, podemos procurá-los também, e com isso descobrir outras histórias interessantes. 

4. Descobrir diferentes visões da obra

Livros famosos possuem várias edições, e cada edição pode ter um tradutor diferente, ilustrações, prefácios, notas de rodapé, dados biográficos. Amantes de um determinado livro podem procurar várias edições dele por aí só pra comparar e guardar. Existe também a possibilidade encontrar peças de teatro, filmes, livros, desenhos, obras de arte. Conhecer essas versões nos permite saber que impacto o mesmo livro teve sobre outros leitores, que pontos lhes chamaram a atenção. Diante de uma adaptação, pode ser que você discorde ou que abrace uma nova visão – de qualquer maneira, sempre sairá enriquecido.

Fonte: Livros e Afins

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Bienal quer atrair 800 mil pessoas em 11 dias


Com muitas novidades, a 22ª edição da Bienal Internacional do Livro homenageia escritores centenários 

Livros de fiçção, romance, auto-ajuda, esoterismo, filosofia, técnicos... Revista femininas, masculinas, juvenis, infantis... Não importa qual seja a sua leitura preferida, porque na Bienal do Livro você vai encontrar o que procura.

A 22ª edição do  evento, que vai até o dia 19 de agosto,  teve abertura no dia 9 e foi marcada pela apresentação do maestro João Carlos Martins, que emocionou o público ao tocar o “Hino Nacional Brasileiro”. Sempre bem-humorado, o maestro  declarou: “Eu nunca vou parar com essa teimosia”, disse, sobre o fato de não poder mais tocar piano.

Com o tema “Livros transformam o mundo, livros transformam pessoas”, a Bienal preparou várias homenagens. Os 100 anos de Jorge Amado e Nelson Rodrigues e os 90 anos da Semana de Arte Moderna são apenas algumas delas.

Além de conferir as novidades no Pavilhão de Exposições do Anhembi, os visitantes poderão acompanhar palestras, oficinas, tardes de autógrafos  e muito mais. A programação completa, com os horários de cada atividade, está no site do evento.

Para os pequenos/O espaço infantil “Deu a louca no livro”,  assinado pelo artista plástico Emanoel Araujo, diretor do Museu Afro Brasileiro, é um dos destaques da feira. No espaço, crianças e adolescentes passeiam por livros desconstruídos, onde páginas se confundem com ilustrações e personagens são materializados em brinquedos, despertando o imaginário dos visitantes.

Tudo isso entre histórias dos romancistas Jorge Amado e Graciliano Ramos – autores, respectivamente, de “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” e “A Terra dos Meninos Pelados”. Ou então, em histórias criadas pelos visitantes.

Fonte: Diário de São Paulo, Texto de Soraia Gamal

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Apelidos de escritores brasileiros


O Minidicionário da Língua Portuguesa* define o termo “apelido” como o “nome usado no lugar do nome próprio (ou acrescentado a  ele)."
Na literatura brasileira encontramos alguns casos de autores que tinham apelidos. Judas do Brasil escreveu sermões que são lidos até hoje. Chulé de Apolo se dedicou ao jornalismo, à poesia e à prosa e tem cadeira marcada na Academia Brasileira de Letras. Urso Polar também foi um desses grandes que transformaram as palavras em poesias conhecidas no Brasil inteiro. Sapo-boi era um poeta que queria ser como ourives.

E então, reconhece os donos desses apelidos? Não?! Então descubra estes entre outros na lista que se segue, retirada do estudo do pesquisador Claudio Cezar Henriques autor do “Dicionário de Apelidos dos Escritores da Literatura Brasileira”. 

Escritores brasileiros e seus apelidos

Bernardo Guimaràes – Bardo Mineiro
Carlos Drummond de Andrade – Gauche, Urso Polar
Castro Alves – Poeta dos Escravos
Cruz e Sousa – Cisne Negro, Poeta Negro
Dalton Trevisan – Escritor Maldito, Escritor Misterioso
Glauco Mattoso – Poeta da Crueldade, Poeta Sinistro
Graciliano Ramos – Graça, Velho Graça
Gregorio de Matos – Boca do Inferno
Hilda Hilst- Grande Personagem
João Cabral de Melo Neto – Engenheiro das Palavras, Poeta Diplomata
Jorge Amado – Escritor Maldito
José de Alencar – Patriarca da Literatura Brasileira
José de Anchieta – Poeta Missionario
Ledo Ivo – Chulé de Apolo
Machado de Assis – Bruxo, Bruxo do Cosme Velho
Manoel Bandeira – Bardo, Poeta Menor
Mário de Andrade – Decano do Modernismo, Pai do Modernismo
Monteiro Lobato – Pai do Jeca Tatu
Nelson Rodrigues – Escritor Maldito
Olavo Bilac – Príncipe dos Poetas Brasileiros, Sapo-Boi
Oswald de Andrade – Calcanhar-de-Aquiles do Modernismo
Padre Antonio Vieira – Paiaçu (Pai Grande), Judas do Brasil
Paulo Coelho – Alquimista, Bruxo, Mago
Raduan Nassar – Escritor Misterioso
Raquel de Queiroz – Rainha das Escritoras Brasileiras
Rui Barbosa – Águia de Haia
Vinicius De Moraes – Poeta Diplomata, Poetinha

*BECHARA, Evanildo. Minidicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. p. 61.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A Traça Teca

Olá pessoal,

Hoje recebemos a missão de apresentar a nossos leitores uma traça diferente das que conhecemos, aquelas que vez ou outra encontramos devorando nossos livros. É uma traçinha muito pequenina e simpática que é louca por livros (mas, não ao ponto de devorá-los). É a Traça Teca, que aparece neste vídeo que trouxemos.
O "Traça Teca" é um curta-metragem de animação infantil, criado por Diego Doimo, durante sua graduação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e produzido em 2002 pela Rocambole Produções, de São Carlos - SP.  O curta utiliza as técnicas de stop motion e de computação gráfica 2D e 3D digital. O objetivo deste trabalho é estimular o gosto pela leitura.

Vale a pena conhecer este belíssimo trabalho e acompanhar a Traça Teca e sua turma nessa celebração de amor aos livros.

Mais informações no site.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Romance...aos pedaços... Dom Casmurro

Bom dia pessoal,

é com grande satisfação que divulgamos a 100ª edição do Romance...aos pedaços...
Por ser um marco na história deste projeto, trouxemos um trecho muito especial, retirado do livro "Dom Casmurro", de Machado de Assis.