sábado, 14 de janeiro de 2017

Literatura Censurada: os livros proibidos no Brasil e no mundo

Na lista de proibidos estão J.K. Rowling, Nabokov e George Orwell


Há quem diga: tudo que é proibido é mais gostoso. Como quebrar esse ditado quando há um enorme número de livros que já foram censurados em listas de livros mais vendidos? Por isso, fomos atrás e descobrimos dezenas de livros censurados no Brasil e no mundo. Um bom e atual exemplo é o fantástico mundo do bruxinho Harry Potter, criado pela autora J.K. Rowling. A saga que gerou grande burburinho em diversas religiões chegou a ser banida das escolas privadas nos Emirados Árabes Unidos sob a justificativa de que incentivaria a bruxaria.

Mais recentemente foi a vez do polêmico livro Cinquenta tons de cinza, da autora britânica E. L. James. O bestseller, com mais de 100 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, foi banido das prateleiras da Flórida, Geórgia e Wisconsin, nos Estados Unidos. E até no Brasil, na cidade de Macaé, a trilogia foi censurada por sua narrativa com grande apelo sexual, considerada por muitos, pornografia. O mesmo motivo levou o clássico livro Lolita, de Vladimir Nabokov, a ter todas as suas cópias apreendidas em 1955. A obra conta a história de um homem que se apaixona pela enteada de 12 anos.

Palavreado chulo, incitação à prostituição e à rebeldia. Essas foram as justificativas para censurar o livro O apanhador no campo de centeio, de J. D. Salinger. E, mesmo assim, a obra é até hoje uma das leituras preferidas de jovens de todo o mundo. Há ainda aqueles livros censurados por trazerem histórias de um mundo reempreendido por governos totalitários. É o caso de Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, e, claro, 1984, de George Orwell.

Ao falar de censura é impossível não nos lembrarmos do período de Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), no qual muitas obras foram censuradas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Entre elas estava Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca. Um ano depois de seu lançamento, chegou a ser proibida a sua distribuição e publicação sob a alegação de ferir a moral e os bons costumes. A autora brasileira Cassandra Rios teve tantas obras censuradas durante o regime militar que chegou a usar o slogan “Um novo sucesso da autora mais proibida do Brasil” em um de seus livros.

Confira abaixo os títulos e onde foram censurados:

  • Harry Potter, de J. K. Rowling - Nos Emirados Árabes Unidos, a coleção foi censurada por, supostamente, incentivar a bruxaria.
  • Cinquenta tons de cinza, de E. L. James - Censurado na Flórida, Geórgia e Wisconsin, nos EUA, e na cidade de Macaé, no Brasil, devido ao seu teor sexual.
  • As vantagens de ser invisível, de Stephen Chbosky - Censurado nos Estados Unidos, em 1999, logo após seu lançamento, por falar abertamente sobre homossexualidade e drogas.
  • O apanhador no campo de centeio, de J. D. Salinger - Lançado em 1951, foi alvo de vários protestos. As acusações? Linguagem chula e incitação à rebeldia e à prostituição. Algumas bibliotecas do interior dos EUA tiveram que retirar as cópias de suas prateleiras.
  • Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll - Na China, o livro foi banido por dar aos animais as mesmas qualidades que os homens e colocá-los no mesmo nível hierárquico.
  • Fahrenheit 451, de Ray Bradbury - Ao apresentar uma sociedade na qual o governo totalitário mandava queimar todos os livros do mundo, Fahrenheit 451 teve um destino parecido. A obra é uma das mais indesejadas do mundo por fazer referência ao consumo de drogas e à violência.
  • Admirável mundo novo, de Aldous Huxley - Nos Estados Unidos chegou a ser banido de bibliotecas segundo alegação de que incentivava a promiscuidade e uso de drogas.
  • 1984, de George Orwell - Foi censurado durante a Guerra Fria por apresentar um mundo controlado por totalitários. Também foi proibida por ser tida como pró-comunismo.
  • O crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós - Gerou grandes protestos dentro da Igreja Católica ao ir de encontro ao celibato clerical. Foi proibido em salas de aula de Portugal.
  • Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca - Lançado em 1975, foi censurado pelo DIP e teve sua publicação e circulação proibidas, sob a alegação de conter “matéria contrária à moral e aos bons costumes” e também acusado de fazer apologia à violência.
Fonte: Blog Estante Virtual