sábado, 29 de setembro de 2012

Leia para uma criança: Itaú Criança



Olá pessoal,

o Itaú envia uma coleção de livros infantis gratuitamente para sua casa.

(Disponivel para TODOS os brasileiros, nao precisa ter conta no Itaú.)

Clique aqui e faça seu cadastro:

Estes são os livros que você vai receber em casa (frete grátis):


O ratinho, o morango vermelho maduro e o grande urso esfomeado.

Leia e leve uma criança a participar da divertida história de um pequeno ratinho, seu precioso morango e um grande urso esfomeado.





 
    

Lino

Passeie pela loja de brinquedos onde Lino mora com a sua melhor amiga, Lua. Nessa história de amizade cheia de mistérios, adultos e crianças podem se divertir e torcer para Lino encontrar sua amiga.




  Poesia Na Varanda

Mergulhe na poesia e descubra os versos na canção, na lua cheia, na tristeza, nos grossos pingos de chuva ou na mão estendida de um amigo.




quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Leite e leitura


Comece com os bebês. Você vai se surpreender com a atenção que um bebê presta a uma leitura em voz alta. Assim como  a gente fala com a criança antes que ela saiba o que as palavras significam, deve-se ler para ela. Isso distrai, faz rir, facilita a aprendizagem da fala e forma uma base para perceber que existem algumas formas de comunicar que são mais ricas e caprichadas do que outras.

nunca é cedo demais: seu filho começou a aprender quando nasceu. Falando com ele, brincando com ele e cuidando dele, você já está ajudando a desenvolver as habilidades de linguagem que podem levá-lo a ser um leitor competente, alguém capaz de continuar aprendendo de tudo e com gosto pelo resto da vida.

Se, ainda por cima, você ler com seu filho, vai estar plantando amor pela leitura desde o berço. 

Fonte: Projeto Ler é Preciso, Instituto Ecofuturo. Arte de Leandro Lamas

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Federico García Lorca, 1898-1936

Discurso do poeta Federico García Lorca na inauguração da biblioteca de sua cidade natal "Fuente Vaqueros" em Granada, Espanha em setembro de 1931




'Medio pan y un libro’ (Meio pão e um livro)

"Quando alguém vai ao teatro, a um concerto ou mesmo a uma festa de qualquer índole que seja, se a festa é de seu agrado, imediatamente lembra e lamenta que as pessoas que ele ama não se encontrem ali. «Min...ha irmã e meu pai gostariam de estar aqui», pensa, e não desfruta mais do espetáculo, a não ser através de uma leve melancolia. Esta é a melancolia que eu sinto, não pela gente de minha casa, o que seria pequeno e ruim, mas por todas as criaturas que por falta de meios e por desgraça não desfrutam do supremo bem da beleza que é vida e bondade, serenidade e paixão.
...

Por isso nunca tenho um livro, porque presenteio todos que compro, que são numerosos, e por isso estou aqui honrado e contente em inaugurar esta biblioteca da cidadezinha, a primeira seguramente de toda a província de Granada.


Não só de pão vive o homem. Eu se tivesse fome e estivesse à míngua na rua não pediria um pão; pediria meio pão e um livro. E daqui eu ataco violentamente aos que somente falam de reivindicações econômicas sem jamais apontar as reivindicações culturais que é o que os povos pedem aos gritos. Bem está que todos os homens comam, porém que todos os homens saibam. Que desfrutem de todos os frutos do espírito humano porque o contrário seria convertê-los em máquinas a serviço do Estado, seria convertê-los em escravos de uma terrível organização social.

Eu tenho muito mais pena de um homem que quer saber e não pode, do que de um faminto. Porque um faminto pode acalmar sua fome facilmente com um pedaço de pão ou com umas frutas, porém um homem que tem ânsia de saber e não possui os meios, sofre uma terrível agonia porque são livros, livros, muitos livros o que necessita e onde estão estes livros?


Livros! Livros! Aqui está uma palavra mágica que equivale a dizer: «amor, amor», e que deveriam pedir os povos como pedem pão ou como desejam a chuva para suas colheitas. Quando o insigne escritor russo Fedor Dostoievski, pai da revolução russa muito mais que Lênin, estava prisioneiro na Sibéria, afastado do mundo, entre quatro paredes e cercado por desoladas planícies de neve infinita; e pedia socorro em carta a sua família distante, somente dizia: «Envia-me livros, livros, muitos livros para que minha alma não morra!». Tinha frio e não pedia fogo, tinha uma sede terrível e não pedia água: pedia livros, ou seja, horizontes, escadas para subir a montanha do espírito e do coração. Porque a agonia física, biológica, natural, de um corpo por fome, sede ou frio, dura pouco, muito pouco, mas a agonia da alma insatisfeita dura a vida inteira.

Já disse o grande Menéndez Pidal, um dos sábios mais verdadeiros da Europa, que o lema da República deve ser: «Cultura». Cultura porque somente através dela se pode resolver os problemas que hoje debate o povo, cheio de fé, porém falto de luz".

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Livros e leitura

Belíssimo curta-metragem sobre livros e leitura. Ele explora o mundo de fantasia e de mistério que se encontra em cada livro. Confiram, é encantador.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Inferno verde

João Carlos Marinho nos surpreende com sua espontaneidade nas aventuras como Sangue Fresco.

"Eu já havia lido e me divertido com O Gênio do Crime quando indicaram na escola Sangue Fresco, o segundo livro das aventuras da turma do Gordo. Em O Gênio do Crime, acompanhamos a turma desmantelar o esquema de uma fábrica clandestina de figurinhas difíceis. Mas foi o suspense de Sangue Fresco que definitivamente me arrebatou.
Eu me sentia como mais um integrante da turma do Bolachão, preso ao lado dele, de Alcides, Pituca, Berenice e Hugo Ciência no meio da Floresta Amazônica.
A história começa com um avião sobrevoando a floresta, carregado de crianças bem nutridas, sequestradas nas escolas de São Paulo. Logo descobrimos que a ação é coordenada por uma organização criminosa, a Fresh Blood Corporation, liderada por Ship O’Connors, que mantém crianças em um campo de concentração para sugar seu sangue e exportá-lo para os EUA e a Europa. O sangue do Gordo, claro, é dos mais valiosos.
O mais legal nos livros de João Carlos Marinho é o tom de sua escrita, irreverente, surreal e capaz de nos surpreender com sua liberdade e espontaneidade. Basta dizer que numa passagem, logo nas primeiras páginas, descreve em detalhes como uma enorme sucuri tritura e devora um garoto.  A aventura fica mais emocionante quando Gordo lidera a fuga da turma pela floresta, com mateiros experientes na sua cola. 
Sangue Fresco foi publicado originalmente em 1982 e reeditado em 2006. Um pouco antes disso, e para a mais agradável surpresa que tive como ilustrador, toca o telefone e, do outro lado da linha, a editora encomenda: ilustrações para reedição de Sangue Fresco! Revivi a aventura com o prazer da infância e de quebra recebi o João para um bate-papo. “Pense no inferno verde!”, dizia para me direcionar na feitura da capa, referindo-se às crianças na floresta, e “nunca desenhe personagens”, opinião com que concordei, afinal, “cada leitor deve imaginá-los de seu jeito”. 

Fonte: Revista Carta Fundamental, n. 35, fevereiro 2012, p. 61, Texto de Alê Abreu

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Concurso literário internacional “Foi desta vez...”


Convidamos todos a conhecer o site italiano LiberArti, criado pelo editor e escritor Carmine Mônaco. Tem como objetivo ser um espaço para promover as artes em geral em todos os seus campos, bem como seus artistas, escritores, editoras, galerias de artes, museus, grupos de teatro, produtores de cinema, escolas de escrita, de dança e de teatro, fotógrafos, desenhistas, pintores e escultores. O espaço é aberto a produtores de cultura e arte italianos, brasileiros e portugueses, sejam eles artistas e escritores iniciantes ou que já tenham alguma obra publicada  e querem divulgar seu trabalho na Itália e no Brasil.
Trata-se de um intercâmbio cultural entre Brasil e Itália que começa a ser realizado, com possibilidade futura de publicações impressas na Itália para escritores brasileiros e portugueses, promoção de eventos, espetáculos, entre outras oportunidades.
Em meio a este cenário, atualmente o site promove um Concurso literário internacional chamado “Foi desta vez…” que traz uma seção especialmente criada para brasileiros e portugueses na categoria contos de fadas e histórias. O intuito do concurso é prever “uma reinterpretação moderna, cômica e/ou também um pouco picante dos mais belos contos de todos os tempos”.
Para se cadastrar no site é muito fácil: basta entrar no site, fazer seu login, montar seu perfil e já pode começar a postar seus trabalhos, vídeos, eventos, espetáculos, cursos, etc.
Como o site é italiano, a língua usada na página é nativa, mas basta fazer a opção da língua no canto direito da página antes, que será feita a tradução aproximada do texto original.

Aproveitamos também para convidá-los a visitar a página da LiberArti Brasil-Portugal no Facebook e dar o seu “Curtir”.

Confira o regulamento do concurso no site e participe!

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Ler deveria ser proibido


"A pensar a fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido. Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixem mentir os exemplos de Dom Quixote e Madamme Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram, meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tornou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz. Ignorante dos grilhões que o encerram. Sem leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade cotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-lo com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas pra que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem necessariamente ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas.
É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção do progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem historias, podem estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova... Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.

Ler pode tornar o homem perigosamente humano."

Fonte: Texto de Guiomar de Grammont, Ilustração de Daniela Zekina

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Igreja do Livro Transformador

Livros transformam vidas! Qual foi o livro que transformou a sua?

Essa é a missão do movimento cultural de incentivo à leitura A Igreja do Livro Transformador, que traz como lema a frase "nossos templos são as bibliotecas e nossa oração é a leitura de um bom livro.

Fundada em 2011, foi concebida pelo escritor Luiz Ruffato a principio em tom de brincadeira, onde as pessoas dariam seus depoimentos sobre os livros que mudaram o rumo de suas vidas.

Para se informar e conhecer mais basta visitar o site e curtir a página no Facebook do movimento.

Confiram o vídeo em que o escritor e concebedor do movimento Luiz Ruffato explica o que é a Igreja do Livro Transformador e de como participar dela.


Fonte:  Site Igreja do Livro Transformador

terça-feira, 4 de setembro de 2012

O importante sobre a Leitura


"Acho que a leitura é uma das melhores coisas que a gente tem na vida, mas tem de ser num campo de liberdade intelectual – cada um resolve o que acha melhor. O importante é adquirir o hábito da leitura, não importa com quais livros, porque, depois de o hábito estar enraizado, vem a seletividade por si mesma. E cada um vai escolher se gosta de clássicos, de romances policiais – depende da vontade de cada um. Não se pode dizer “Você tem de ler determinados livros”. O máximo que se pode dizer é: “Eu achei esse livro muito bom e acho que você teria prazer em lê-lo” ou então “Eu li esse livro e achei que a leitura é uma perda de tempo, mas não é pecado gostar”. Não pode haver um preconceito de ler só um determinado tipo de livro. Para dar um exemplo extremo, uma pessoa pode gostar de ler Os Sermões do Padre Vieira e de repente interromper essa leitura para pegar um livro da Agatha Christie. Não vejo nada de mau nisso. O importante é adquirir o hábito da leitura e ir apurando por si mesmo a escolha do que ler."

Fonte: José Mindlin, em entrevista ao Jornal do Band, Ilustração de Deborah Melmon