terça-feira, 30 de abril de 2013

Dica de Leitura!


O Guia do Mochileiro das Galáxias
Autor: Douglas Adams

Enquanto escritores e autores pensam em como explicar o inexplicável, e buscam razões e lógicas em estudos cada vez mais complexos, Douglas Adams, deu sentido ao universo através de uma história carreada de bom humor, medidas precisas de ironia, aventura e personagens marcantes, gerando assim um clássico entre os jovens.

O personagem Arthur Dent, um britânico comum e com uma vida medíocre, vê tudo mudar de uma hora para outra quando descobre que o planeta em que vive está prestes a sumir do mapa (sim, a Terra) e ainda que seu amigo é na verdade um alienígena escritor/pesquisador da raça humana que vivia disfarçado na Terra para escrever alguns parágrafos do Guia do Mochileiro das Galáxias, uma espécie de enciclopédia galáctica que reúne informações sobre quase tudo o que o universo oferece. A peculiaridade são os comentários ácidos e irônicos nada politicamente corretos sobre os planetas e as suas raças.

A curiosidade da obra é saber que o livro foi originalmente concebido para ser um programa de televisão em formato dos famosos Sitcoms, sendo, no entanto recusado por diversos canais, até chegar às mãos de um funcionário da BBC inglesa que encaminhou os roteiros para uma rádio londrina onde ganhou um formato parecido ao da radionovela, que com o sucesso posterior tornou-se série em cassetes e mais tarde ganhou o formato de livros.

O sucesso foi tanto que o livro se transformou em uma série, que engloba mais três volumes e um quase "bônus". São eles: O Restaurante no Fim do Universo; A Vida, o Universo e Tudo Mais; Até Mais, e Obrigado pelos Peixes! E o bônus: Praticamente Inofensiva, que fica no meio termo entre uma sequência dos antecessores e um livro independente deles.

Fonte: Conhecimento Prático - Literatura, n. 41, p. 64.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Voyeur de Leituras

Espiar o livro alheio é indiscreto, mas irresistível!

No ônibus, tal era meu empenho em descobrir a identidade do livro que uma moça estava lendo que pegou mal. Num solavanco, quase caí sobre ela. Imagine a posição esdrúxula que a missão requeria. A pobre vítima da ostensiva curiosidade fechou o livro, colocando a mão em cima da capa (maldita!), e proferiu um ofendido “com licença!”. Percebera a indiscrição, reagia como se estivesse lhe espiando o decote. Apesar da natural resistência, o nome do livro acabou sendo descoberto: era evangélico. Foi um banho de água fria. Senti como se tivesse sido expulsa de uma comunhão imaginária, composta pelos que navegam no mesmo universo de fantasias. As escritas religiosas não me tocam, a empatia com aquela leitura era impossível. Uma tristeza, meus esforços haviam sido inúteis.

Sou capaz de ridículos estratagemas para descobrir qual é o livro que alguém esteja lendo em um local público. A capa contém a chave desse mistério, desvela a alma do leitor, é o acesso para um acervo potencialmente partilhável. Quem lê um livro que conhecemos deixa de ser um desconhecido. Porém, essa curiosidade abusada é uma imperdoável profanação da intimidade. Eu devia, como psicanalista, suportar estoicamente a introspecção do próximo. Só me revelariam seus pensamentos quem quisesse.

A leitura é uma intimidade portátil, podemos carregá-la na bolsa, no bolso. É uma experiência onírica controlável, nesse sentido melhor do que as fantasias rebeldes dos sonhos noturnos. Se empolgante, nos possuirá, mas também podemos abandoná-lo para divagar, assim como postergar o clímax. Não é por acaso que a leitura foi acusada de substituta ou incentivadora do onanismo. Sim, trata-se de um prazer solitário: o de embalar sonhos.

Um livro pode livrar-nos do ambiente tenso de uma sala de espera, da imobilidade angustiante da viagem ou do vazio de uma conexão. Na cafeteria, ele mantém afastados os conversadores indesejáveis. Livro é o antônimo de um cachorro, quem sai à rua com seu animal de estimação tem papo garantido. Ao contrário, leitura é refúgio, defensora da solidão aprazível. Por que, então, essa deselegante intromissão na leitura alheia?
Meter-se no livro do outro é voyeurismo, do tipo clássico. O mesmo que leva a criança a espiar seus pais, ou que alimenta a pornografia. O prazer alheio observado ou imaginado, revela e ensina, o voyeur viaja na cena, imagina-se parte dela. De forma segura, já que o espião se protege no anonimato. Olhando, aprendemos os caminhos que o desejo almeja percorrer. Da mesma forma, descobrir a obra que alguém lê é participar da sua cena imaginária, de suas fantasias, adivinhar seu sonho acordado. Não passa de uma devassidão pueril, mas a moça tinha razão de ficar furiosa: é uma desagradável invasão de privacidade. Incontrolável, no meu caso.

Fonte: Revista Vida Simples, edição 121, agosto de 2011, p. 76.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Mergulhados na sopa de letrinhas

Livros, filmes e o teatro podem despertar a paixão pela literatura.


Para leitores de fôlego, uma música, um filme ou uma peça de teatro podem ser a faísca para detonar o interesse por uma nova obra, levando-os a mais livros.

Foi em um programa de música na televisão que Marcelo Altenfelder Silva, 16, ouviu pela primeira vez alguém declamar Maiakóvski (1894-1930). Como não achou o livro na estante de casa, pegou um exemplar com uma amiga.

A leitura de obras que não são cânones da literatura mundial pode levar esses devoradores de livros a novas buscas pelo universo da literatura.

Por exemplo, Matias Gurbanov, 16, depois de ler O Senhor dos Anéis, de Tolkien (1892-1973), passou a vasculhar sebos no centro de São Paulo à procura de livros de poesia e mitologia nórdica. "O legal é que um livro sempre leva a gente a procurar outro."

Já Alexandre Watanabe, 15, aprendeu a estabelecer relações entre obras. Nas aulas de filosofia, estudava Platão. Ao mesmo tempo, lia O Retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde (1854-1900). "No meio da leitura, pensei: nossa, isso tem tudo a ver com Platão. Daí voltei a estudar esse filósofo grego e fiz uma relação entre as duas leituras."

Frequentador de livrarias, Victor Arruda Pereira de Oliveira, 16, compra livros com os pais ou com os amigos. Foi assim que descobriu A Ilha, de Fernando Morais. Em seguida, rumou para Se me Deixam Falar, de Domitila Chungara, e chegou a Os Dez Dias que Abalaram o Mundo, de John Reed (1887-1920).

A cada dois meses, Julio Mitre, 15, acompanha seus pais a uma livraria. "Gosto de Agatha Christie (1890-1976), e meu livro predileto é Morte no Nilo."

A consequência dessa entrega à literatura é uma evidente modificação no modo de pensar e de agir. Ana Frate Bolliger, 15, acaba de ler Feliz Ano Velho, de Marcelo Rubens Paiva. Ela é enfática: "Quando a gente se identifica com um livro, a nossa essência se transforma. Comparamos nossa vida com a dos personagens e aprendemos como enfrentar o cotidiano".

Murilo do Amaral Pontes de Camargo, 15, descobriu seu lado crítico em Não Verás País Nenhum, de Inácio de Loyola Brandão. "Ele faz uma análise contundente da sociedade."

Com os estímulos à leitura aflorados, chega uma hora em que o livro roubado da estante dos pais tem um gostinho todo especial. Pode figurar na lista dos títulos proibidos em casa, por falta de maturidade. Mas pode ser o mais instigante.

Aliás, é na biblioteca de casa que a maioria dos jovens que realmente são apaixonados por literatura vai descobrir obras que o levarão a saber se expressar.

No último assalto de Natalia Quadros, 14, pegou quatro obras de Nelson Rodrigues (1918-1941). "Gosto muito de livros fortes, mas minha mãe fica muito brava quando faço um ataque inesperado à sua biblioteca." Na estante do pai, com cerca de 2.000 títulos, Pedro Costa, 16, encontrou Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez, e A Sangue Frio, de Truman Capote (1924-1984), entre outros. "Meu pai lê muito e é comum conversarmos sobre literatura, como aconteceu nas férias."

Isadora Menezes, 13, não precisou atacar subitamente a biblioteca de casa. Não pensou duas vezes ao aceitar o exemplar de Macbeth, de William Shakespeare (1564-1616), que o irmão lhe ofereceu. "Comecei a ler na escola, mas muitos dos livros não tinham a ver comigo. Adorei a sugestão dele, porque é um livro mais difícil."

Fonte: Folha de São Paulo/Folhateen, de 17 nov. de 2003, Texto de Marijô Zilveti e Antonio Arruda.

terça-feira, 16 de abril de 2013

A Palavra


Ali naquela casa, há um menino pensativo. 
Bem que ele gostaria de saber algumas palavras difíceis. 
Creiam, eram poucas as palavras que importavam para aquele menino. 
Duvidam disto? 
Ele não se aborreceria... 
Faria de conta que já sabia. 
Gaguejava alguns sons mas as palavras certas simplesmente não saíam. 
Havia uma palavra em particular que ele queria aprender mais do que todas as outras. 
Imaginem! Uma só palavra! 
Já que diziam isto por aí, pôs-se a procurar. 
Kilômetros e kilômetros, ele andou... 
Lá na escola, a professora dizia que esta palavra construiu mundos! 
Minha nossa! Onde já se viu uma única palavra construir casas, pontes e cidades? 
Nada disso!”, ele dizia. Essa tal palavra não existe, não. 
Opa! Mas a professora não mentiria. Não mentiria de jeito nenhum! 
Pediu pra que ela a sussurasse no seu ouvido. 
Que nada!”, ela disse. 
Riu-se muito com tal pedido... 
Sábia palavra...” Foi apenas o que ela lhe respondeu. 
Toma este livro e logo você vai descobrir.” 
Um livro de escola cheio de palavras desconhecidas... 
Você vai descobrir.” Assim repetiu e sorriu. 
Wuuuuuuuu!! Gritou o menino. 
Xiiiiiiiii! Era isso! Continuou. 
Yes! Falou numa outra língua. 
Zaz! Abracadabra! 

Da boca daquele menino saia agora o MUNDO! 

Fonte: Revisra Crescer, Ilustração e conto de Jean-Claude R. Alphen.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

A função do leitor/1 - Eduardo Galeano

"Quando Lúcia Peláez era pequena, leu um romance escondida. Leu aos pedaços, noite após noite, ocultando o livro debaixo do travesseiro. Lúcia tinha roubado o romance da biblioteca de cedro onde seu tio guardava os livros preferidos. 
Muito caminhou Lúcia, enquanto passavam-se os anos. Na busca de fantasmas caminhou pelos rochedos sobre o rio Antióquia, e na busca de gente caminhou pelas ruas das cidades violentas. 
Muito caminhou Lúcia, e ao longo de seu caminhar ia sempre acompanhada pelos ecos daquelas vozes distantes que ela tinha escutado, com seus olhos, na infância.
Lúcia não tornou a ler aquele livro. Não o reconheceria mais. O livro cresceu tanto dentro dela que agora é outro, agora é dela."
 

Fonte: Retirado do livro "O livros dos Abraços".

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Como fazer um jovem adulto gostar de ler?

Siga as dicas de especialistas e faça seu filho continuar cultivando o hábito de ler!


Um universo fascinante se esconde entre as páginas de um livro. Ganhar o gosto da leitura, incorporando às atividades de todos os dias, é ter, em mãos, a possibilidade de viajar, de se deixar levar pela narrativa, conhecendo gente, situações e terras em tudo diferentes - ou com eles se identificar, tantas são as semelhanças. Os ganhos da leitura são evidentes e, a partir de 18 anos, quem se candidata a irá ajudá-lo a se manter próximo do mundo literário. "E, de acordo com a intensidade do contato, é grande a possibilidade desse jovem adulto se sentir interessado de ler temas e autores diferentes, até para descobrir com quais mais se identifica", comenta Theodora Maria Mendes de Almeida, diretora do colégio Hugo Sarmento, em São Paulo.

Há um senão, porém: quanto mais se avança na idade, mais o tempo se mostra curto para fazer tudo o que se tem vontade. Ler é bacana, tudo bem, mas como conciliar a agenda diária com a disponibilidade de ler o que faz bem ao coração - e não apenas à carreira? Leitores adultos muitas vezes concentram a leitura nas obras que são extensão do trabalho - os chamados livros técnicos. Em outros casos, acontece o contrário, e o interesse é totalmente dirigido para os livros de ficção. Qual seria a recomendação da especialista? "É importante dividir o tempo de cada leitura, evitando o contato só com o livro didático ou só com o romance, até porque há outras coisas na vida, certo?", lembra Theodora. "O essencial é encontrar o equilíbrio".

Saiba agora o que você deve fazer para intensificar o vínculo com a leitura no seu cotidiano:

1. Peça dicas
Caso tenha dificuldade de encontrar um livro de interesse, peça indicação a um amigo de gosto parecido ou mesmo a quem trabalhe com livros, caso dos atendentes das livrarias. Porque há sempre um bom livro para indicar - e ler.

2. Converse a respeito
Conversar com amigos, familiares e colegas sobre as últimas leituras é um modo de se manter atualizado sobre as novidades do mercado, alargando o conhecimento literário do que acontece dentro e fora do País.


3. Seja crítico
A leitura deve estar presente no dia a dia da casa e ser um assunto discutido em momentos de reunião (refeições, por exemplo). A resenha de um lançamento literário pode ser o pretexto para uma animada troca de ideias com os familiares.

4. Conheça as editoras
Fique atento aos lançamentos das editoras que você aprendeu a conhecer. Mesmo sem conhecer a obra de um determinado autor, pode ser uma boa opção de leitura, pois tem o aval de uma editora que você confia.

5. Leia junto
Proponha, em casa, fazer leituras compartilhadas: escolha um livro de interesse de todos para ser lido em voz alta e depois debatido. É o ritual perfeito da família que encontra prazer nos livros.

6. Viaje com livros
Procure sempre conhecer a obra de autores estrangeiros - é um modo de aumentar o seu conhecimento sobre o mundo.

Fonte: Educar Para Crescer, Texto Maria Slemenson e Marion Frank.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

12 dicas de literatura afro-brasileira e africana

Conheça mais sobre essa cultura tão presente no nosso imaginário

Literaturas que valorizam a diversidade étnica e cultural afro-brasileira e africana são uma ótima alternativa para abordar os conteúdos exigidos pela lei 10.639, que obriga o ensino da "História e Cultura afro-brasileira e africana" nas escolas de Ensino Fundamental e Médio das redes pública e privada de todo Brasil. Veja 12 dicas de livros recomendados para pais, filhos e professores sobre o tema. 

1. Menina Bonita do Laço de Fita - Ana Maria Machado

A autora coloca em cena, através da história de um coelho branco que se apaixona por uma menina negra, alguns assuntos muito debatidos nos dias de hoje, como a auto-estima das crianças negras e a igualdade racial.







2. Luana, A Menina Que Viu O Brasil Neném - Oswaldo Faustino, Arthur Garcia e Aroldo Macedo

O livro conta a história de Luana, uma menina de 8 anos que adora lutar capoeira, e a historia do descobrimento do Brasil. Ao lado de seu berimbau mágico, ela leva o leitor a outras épocas e lugares e mostra o quão rica é a cultura brasileira, além da importância das diferentes etnias existentes por aqui.



3. O Menino Marrom - Ziraldo

O Menino Marrom conta a historia da amizade entre dois meninos, um negro e um branco. Através da convivência aventureira dessas crianças ao longo de suas vidas, o autor pontua as diferenças humanas, realçando os preconceitos em alguns momentos.




4. Lendas da África - Júlio Emílio Brás

O livro mostra fábulas tipicamente africanas para leitores de todo mundo. Nas histórias, o autor mostra um pouco do folclore africano, além de passar valores do "tempo em que os animais ainda falavam" para as crianças.





5. Terra Sonâmbula - Mia Couto

Primeiro livro do autor africano, Terra Sonâmbula foi considerado um dos doze melhores romances do continente no século 20. Numa estória emocionante sobre o encontro de um menino sem memória e um velhinho meio perdido pelo mundo, Mia Couto mistura símbolos tradicionais da cultura e da história moçambicana.



6. Meu avô um escriba - Oscar Guelli

A história se passa na África, mais precisamente no Egito. O pequeno Tatu é neto de um escriba. A convivência com o avô permitirá ao menino aprender cálculos, a ter contato com tradições mais antigas de seu país e a se preparar para também ser um escriba um dia.






7. O Cabelo de Lelê - Valéria Belém

Lelê é uma linda menininha negra, que não gosta do seu cabelo cheio de cachinhos. Um dia, através de um fantástico livro, começa a entender melhor a origem de seu cabelo e, assim, passa a valorizar o seu tipo de beleza.





8. A varanda Do Frangipani - Mia Couto

O romance policial moçambicano é marcado por palavras criadas pelo próprio autor, nascido no país onde se passa a trama. A história conta sobre o violento colonialismo em Moçambique e a superação do país a partir dessa cicatriz histórica.




9. Bia na África - Ricardo Dregher

O livro é parte da coleção "Viagens de Bia". Nessa estória, Bia viaja por diferentes países da África, como Egito, Quênia e Angola. Na aventura, a garotinha conhece, entre outras curiosidades, a história do povo árabe e dos nossos antepassados negros, que vieram como escravos da África para o Brasil há muitos anos.


 



10. Avódezanove e o segredo do soviético - Ondjaki


Em Luanda, capital da Angola, África, as obras de um mausoléu realizadas por soldados soviéticos ameaçam desalojar morados da PraiaDoBispo, bairro da região. As crianças do bairro percebem as mudanças com olhares desconfiados. Talvez elas sejam as primeiras a perceber que a presença dos soldados soviéticos significa mais do que uma simples reforma espacial.



11. Tudo Bem Ser Diferente - Todd Parr

A obra ensina as crianças a cultivar a paz e os bons sentimentos. O autor lida com as diferenças entre as pessoas de uma maneira divertida e simples, abordando assuntos que deixam os adultos sem resposta, como adoção, separação de pais, deficiências físicas e preconceitos raciais.





12. Diversidade - Tatiana Belinky

O livro mostra, através de versos, porque é importante sermos todos diferentes. A autora fala que não basta reconhecer que as pessoas não são iguais, é preciso saber respeitar as diferenças.








Fonte: Educar Para Crescer, Texto de Mariana Queen.