sábado, 28 de janeiro de 2012

Ciência Web

Em 2011, Ano Internacional da Química, a Agência Multimídia de Difusão Científica e Eduacional - Ciência Web, vinculada ao Instituto de Estudos Avançados - IEA USP São Carlos realizou uma série de atividades em comemoração ao importante período da ciência. Entre elas foi realizado o Concurso de Redação Ciência Web no Ano Internacional da Química, em que professores e alunos da rede de ensino de São Carlos e região foram convidados a participar da competição que concedeu aos vencedores uma visita ao Museu Catavento Cultural e Educacional da Secretaria de Estado da Cultura, na cidade de São Paulo. A visita foi no dia 6 de dezembro e os visitantes curtiram muito a premiação.
Uma das vencedoras foi a nossa leitora Sabrina Mendes Botelho, que participou com a redação que vocês podem ler logo abaixo.
Parabéns, Sabrina!



A Química como Ciência.


Em 2011, comemoramos o Ano Internacional da Química, com muito orgulho pelos saltos e avanços dessa Ciência que muitos acham “um bicho de sete cabeças”.
Basicamente tudo é Química, desde o ser microscópico, até o enigmático e misterioso ser humano. Se pensarmos bem, os alimentos que ingerimos, os gases que inalamos, os livros, cadernos, roupas, tintas, plásticos, são decorrentes de uma série de transformações químicas. Ou seja, tudo (isso mesmo), TUDO o que está em torno de nós é Química. Se pensarmos bem, sem ela nós não existiríamos, assim como todo o resto.
Mas o que é a Química mesmo? Ela é um ramo da Ciência que estuda as substâncias, suas transformações, estruturas, previsões, descrições de tudo  que encontramos no meio em que vivemos. Ela também é responsável pela produção de teorias que explicam fenômenos, como por exemplo, o surgimento de vida na Terra.
Arrisco até em escrever, que se não houvesse perguntas não haveria a Química. Se eu tenho uma dúvida, irei atrás de tirá-la, procurando um ramo da Ciência que me favoreça nessa busca.
Hoje em dia, a Química é basicamente constituída por teoria e prática. Temos uma pergunta, curiosidade ou busca de algo novo: cria-se uma hipótese, e a partir desta vamos atrás de buscar respostas, com base em experimentações. Proporcionando assim um novo método, novas descobertas e novo conhecimento. Atualmente existem diversos ramos dentro da Química que estudam cada qual uma área.
Há preocupações com a farmacologia (produção de remédios), combustíveis que poluam menos, conservação de alimentos, fabricação de novos materiais, pesquisas para resolver problemas ambientais. Um grande campo a descobrir.
Mas o que esperarmos da Química? Bem, isso é uma boa questão. Devemos exigir até que ponto da Química? O que temos certeza é que dela esperamos curas para doenças (como a AIDS e o câncer), e processos químicos, até mesmo cotidianos que agridam menos o meio em que vivemos.
Para isso precisamos do interesse de jovens estudantes, da colaboração de pesquisadores e cientistas, com “sede de conhecimento”, que se interessem por essa fantástica e maravilhosa Ciência.
SABRINA MENDES BOTELHO – 8º Ano D – E.E. Jesuíno de Arruda
Mais informações no site: http://www.cienciaweb.com.br/tv/

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Dominó de livros

Sim ! Um dominó feito com livros... Quem já conhecia algo parecido?

A idéia do vídeo é muito inteligente e vai além do simples "derrubar" de livros.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

A Paixão pela leitura

Se o primeiro livro tivesse falhado comigo, na certa eu teria me arriscado de novo. Mas até onde vai a paciência de uma criança?

O primeiro livro que mexeu comigo foi o primeiro que li, Robinson Crusoé, do Daniel Defoe. Acabei a leitura bobo de emoção, tanto que eu soube que precisava escrever uma aventura como aquela. Depois de uns dias sonhando, peguei um caderno e uma caneta, disposto a escrever um longo romance. Embatuquei na terceira linha, mas o estrago já estava feito: meu destino era escrever.
Minha reação foi muito parecida com a de Dom Quixote. O velho fidalgo, depois de encher a cabeça de ficção, limpou a armadura dos antepassados, consertou o elmo com papelões, pegou a lança e a espada, montou Rocinante e saiu pelo mundo à espera de que o dito-cujo fosse menos chato, complicado e indiferente. Eu, aos 11 anos, incluí a literatura entre as minhas armas, como um mundo paralelo onde eu podia ensaiar todas as possibilidades.
Foi Robinson Crusoé, mas podia ter sido Os Três Mosqueteiros ou A Ilha do Tesouro, que ainda hoje releio com prazer, ou O Último dos Moicanos, O Máscara de Ferro ou Os Irmãos Corsos, livros que perdi de vista mesmo os tendo amado. E se o primeiro livro que li fosse muito ruim, ou se eu o tivesse achado muito ruim? Sempre me lembro do que disse o filósofo espanhol Fernando Savater: "Sem dúvida, acho que o que faz você entrar no mundo da leitura é a paixão por um livro, não tem outro jeito. Você explica teoricamente para alguém que ler é maravilhoso, que vai descobrir não se sabe que coisas, e se ele não o experimenta, não há nada o que fazer. Em troca, quando alguém leu um livro com paixão, com emoção, quando sentiu a paixão de um autor, você já não precisa explicar mais nada. Por isso acho que o hábito da leitura se contagia. Em vez de transformá-lo numa lição, é preciso transformá-lo num contagio".
Se o primeiro livro tivesse falhado comigo, na certa eu teria me arriscado de novo. Mas cabe, umas perguntinhas. Até onde vai a paciência de uma criança? Se as opções de escolha dela são poucas? Se ela é de uma família que não lê? Se a escola pensa apenas no vestibular e despeja os tais livros obrigatórios, bombas como A Moreninha ou outras indignidades?

Fonte: Revista Carta Fundamental n. 26 (março de 2011), Texto de Ernani Ssó.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Depósito Legal

Biblioteca Nacional abriga autores independentes

Para ter uma obra incorporada ao acervo da Biblioteca Nacional, não é preciso ter publicado através de editora. Autores independentes, como a jovem Mariene Lino, de apenas 9 anos, também podem entregar uma cópia de seus livros à Biblioteca, para guarda e preservação. Mariene, autora de O Som Misterioso, doou uma cópia de seu primeiro livro à BN, no dia 9/01, diretamente à Divisão de Depósito Legal, responsável pelo recebimento de publicações. Você também é autor independente? Acesse Depósito Legal e informe-se sobre como enviar sua obra à Biblioteca Nacional.

endereço do Depósito Legal: http://www.bn.br/portal/?nu_pagina=22

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O pseudônimo na literatura

"Alguns escritores criam nomes diferentes para assinar seus trabalhos. São os pseudônimos. Carlos Drummond de Andrade, no início de sua carreira como jornalista, escolheu o nome de Antônio Crispim. Quando fazia críticas de cinema, ele usava os pseudônimos de "Mickey" ou "Gato Félix"."

Os pseudônimos eram adotados pelos escritores quando queriam se ocultar ao escrever crônicas ou  defender opiniões políticas, como é o caso de Machado de Assis que assinava muitos de seus trabalhos como "Boas-Noites", "Dr. Semana" e "Platão". Já a escritora Mary Ann Evans adotou o pseudônimo de George Eliot para evitar a perseguição por aqueles que consideravam que a literatura não era atividade feminina.

Vejam alguns autores e seus respectivos pseudônimos

Pseudônimo                                                                 Nome Verdadeiro

Anthony Burgess..................................................................................John Wilson
George Eliot....................................................................................Mary Ann Evans
George Orwell.................................................................................Eric Arthur Blair
Júlio Verne.........................................................................................L. M. Olehewitz
Lewis Carroll..................................................................Charles Lutwidge Dodgson
Marcos Rey...................................................................................Edmundo Donaro
Mark Twain...................................................................Samuel Langhorne Clemens
Millôr Fernandes...........................................................................Milton Fernandes
Molière...................................................................................Jean-Baptiste Poquelin
Stanislaw Ponte Preta........................................................................Sérgio Porto
Stendhal........................................................................................Henri Marie Beyle
Voltaire...................................................................................François-Marie Arouet

Agatha Christie escreveu dois livros não policiais usando o peseudônimo de Mary Westmacott.


Fonte: O Guia dos Curiosos, de Marcelo Duarte.

Curiosidades literárias

  • José Lins do Rego era fanático por futebol. Foi diretor do flamengo, do Rio, e chegou a chefiar a delegação brasileira no Campeonato Sul-Americano, em 1953. 
  • Depois de ter sido ofendido pelo poeta Olavo Bilac em artigo do jornal "O Combate", Raul Pompéia desafiou o ofensor a um duelo com espadas, que nunca chegou a acontecer.   
  • Na infância, Machado de Assis vendia na porta dos colégios chiques as balas e os doces que sua madrasta, Maria Inês, fazia.
  • Carlos Drummond de Andrade foi expulso do Colégio Anchieta, em Nova Friburgo (RJ), aos dezessete anos, depois de um desentendimento com o professor de português.
  • Fernando Sabino foi escoteiro dos nove aos treze anos. Nadador do Minas Tênis Clube, ganhou o título de campeão mineiro em 1939, no estilo costas. 
        Fonte: O Guia dos Curiosos, de Marcelo Duarte.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

A alegria dos livros

Livros que ganham vida: vídeo em stop-motion revela o que acontece nas bibliotecas quando suas portas se fecham.

Rodeados de novas tecnologias que pretendem substituir os livros, tais como o Kindle, este curta-metragem surge aos que, assim como nós, ainda encontram prazer no livro em formato papel. 


Vestindo Poesia


Em parceria com a empresa Paper nº 9, especializada em criar roupas e acessórios de papel, a estilista nova-iorquina Sylvia Heisel desenvolveu um vestido que é pura poesia. Batizado de Ready-To-Wear-Away, ele é feito de papelão de caixas de transporte e, conforme o uso (com o calor do corpo e o movimento natural), vai se desgastando e deixa aparecer citações de escritores e poetas como Truman Capote, James Joyce, Virginia Woolf e Charles Dickens que foram impressas no papelão. Cada retalho do vestido contém uma frase de um autor diferente. O papel é tratado para se tornar mais resistente e não rasgar e é aquecido para ficar mais maleável, como um tecido. Também recebe óleos e condicionadores naturais (sem aditivos químicos) que dão conforto a quem o veste. A textura, segundo Sylvia, é a de um couro mais fino e aveludado. A peça pode ser lavada e a estilista garante que pode ter a mesma durabilidade de um vestido de tecido delicado, como a seda, por exemplo. Com a vantagem que é totalmente reciclado. paper-no9.com

Fonte: Revista Vida Simples

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Renovada impressão

Artista americano cria quadros e esculturas cheias de vida com jornais e livros que iriam para o lixo

"Nos últimos anos, vi minha coleção de músicas e filmes se encolher para meu computador. Eu costumava trabalhar como designer de produção de filmes com baixíssimo orçamento e, para criar os cenários, eu usava livros e jornais, porque a mim eles pareciam tornar o set mais real, mais humano. E, em vez de me desfazer deles, os livros que eu garimpava acabavam voltando para meu apartamento. Passei a metamorfosear as folhas de jornal nas mais diversas formas, dissecar livros em esculturas - reciclar o que normalmente iria para o lixo em uma forma de
arte. De uma hora para outra, minhas esculturas de jornal com braços e pernas passaram a ganhar vida, interagir com as pessoas graças à internet (olha o paradoxo!). As fotos das minhas obras começaram a se espalhar e meu trabalho, a ficar conhecido... Acho que o que eu faço tem um apelo com as pessoas por usar materiais com os quais estamos perdendo cada vez mais contato. Minha arte reflete a transformação vertiginosa que vem sendo dirigida pelo imediatismo da mídia e por nossa dependência do 'click'. Essa recriação da palavra impressa - transformando um livro ou jornal em uma escultura - é uma forma de dar existência nova a ela. É a isso que minha arte essencialmente se refere: renovação. Eu tento manter as palavras impressas ainda vivas. Pelo menos nas prateleiras e nas paredes, se não mais nas nossas mãos."



Nick Georgiou é artista plástico americano, vive em Tucson, no Arizona, e tem grande paixão pelos livros e pelas palavras impressas. myhumancomputer.blogspot.com   

















Fonte: Revista Vida Simples, Texto de Débora Didonê, Lívia Lisbôa, Rafael Tonon e Tadeu Meyer.