quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

Biblioteca Euclides da Cunha implanta projeto "Literatura em Movimento"

A Biblioteca Pública Municipal Euclides da Cunha começou um novo projeto para troca de livros o “Literatura em Movimento”. A proposta é trocar livro de literatura adulta (em bom estado) por outro de assuntos variados inclusive de literatura. Idealizado pelas bibliotecárias Fátima Ciapina e Raquel Alexandra Copriva, o objetivo é incentivar o gosto pela leitura.

 Cerca de 100 títulos de livros variados estão disponíveis para a troca. “Esses livros foram doados para a Biblioteca e serão disponibilizados para a troca, pois são obras com um conteúdo técnico muito especifico, ou já que temos em nosso acervo. Estamos apostando em novos projetos para estimular a leitura e apresentar uma excelência em serviços com foco nos usuários”, afirmou a Fátima Ciapina.

Uma área da Biblioteca foi organizada para a execução do Projeto que será permanente. “Queremos lembrar que a Barganha Literária e a “Literatura em Movimento” são projetos distintos. A Barganha Literária acontece em datas preestabelecidas, os leitores trazem livros de qualquer assunto e trocam por um que está disponível. Já no “Literatura em Movimento”, o leitor traz somente livros de literatura adulta e troca por outros de literatura ou técnicos, com a diferença que este acervo de troca estará disponível diariamente na biblioteca”, explicou a bibliotecária, Raquel Alexandra Copriva.

A ação vai priorizar obras de literatura adulta para contemplar 65% dos usuários que vem a Biblioteca. Em 2017, a Biblioteca Euclides da Cunha fez 10.553 empréstimos pelo software PHL, cadastrou 428 novos usuários e foram inseridos 980 novos livros no acervo provenientes de doações e compras.

Para o diretor do Sistema Integrado de Bibliotecas (SIBI), César Maragno, todos os projetos de estímulo à leitura devem ser apoiados. “Sempre estou apoiando os projetos desenvolvidos pelos bibliotecários, uma vez que temos que incentivar que a população crie o hábito de ler,” afirmou ele.

Confira a reportagem no site do G1.

Fonte: Sites Prefeitura Municipal de São Carlos e G1.

sábado, 18 de novembro de 2017

Dicas de livros infantis para celebrar a cultura afro-brasileira

Uma das qualidades da boa literatura é a sua capacidade de nos fazer entrar em contato com diferentes culturas a partir das suas histórias, conhecendo alguns elementos que compõem a identidade de um povo. Além de nos aproximar de hábitos, valores e costumes, alguns livros nos permitem adentrar o diverso, o estranho, aquilo que não compreendemos e que precisamos acessar, se quisermos ampliar o nosso olhar e vermos o mundo como um espaço de liberdade e convivência entre os diferentes.

Esse é o mote dessa seleção organizada pela nossa equipe. Nela, escolhemos obras especiais: coletâneas de narrativas provenientes da tradição oral de diferentes povos africanos, biografias de importantes líderes e pequenos contos que abordam a questão da identidade da criança afro-brasileira de maneira sensível e inteligente.

Boa leitura!

Fonte: A Taba, Texto de Denise Guilherme

quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Sete histórias de Agatha Christie serão adaptadas para a TV

Por Redação Hypeness

Oito milhões de espectadores assistiram, no final de 2015, na BBC a adaptação para a TV do livro E Não Sobrou Nenhum, o maior sucesso da carreira da escritora inglesa Agatha Christie, e um dos livros mais vendidos de todos os tempos, com mais de 100 milhões de cópias espalhadas pelo mundo. Depois de tamanho sucesso, a rede de televisão britânica confirmou que mais sete especiais contando casos da rainha dos livros policiais serão produzidos nos próximos quatro anos.

Além dos episódios, um drama dividido em duas partes também será realizado, baseado no conto Testemunha de acusação. Os detalhes da produção ainda permanecem secretos, mas três dos sete textos em que os episódios serão baseados já foram baseados: Punição para a inocência, Os crimes ABC e E no final a morte. A equipe será a mesma que realizou o especial do ano passado.

Agatha Christie é uma das escritoras mais vendidas de todos os tempos, totalizando cerca de 2 bilhões de livros vendidos. Como se não bastasse, ela é também autora de A Ratoeira, peça de teatro há mais tempo ininterruptamente em cartaz na história, com mais de 25 mil apresentações desde sua estreia, em 1952. Se depender da relação do público com a obra de Agatha Christie, o sucesso dos especiais está garantido.





















domingo, 27 de agosto de 2017

O mundo da imaginação

A leitura infantil transforma os peques em futuros formadores de opinião


A frase do saudoso escritor e educador Rubem Alves talvez seja a melhor descrição sobre a importância da literatura na infância: "um livro é um brinquedo feito com letras". Quando os pais observam e absorvem que a leitura pode ser uma grande brincadeira, ela torna-se a agregadora, sem o peso de transformar-se em obrigação. Ao simples toque do seu leitor, o livro libera sua voz e dá "asas" à imaginação. De mudo, ele não tem nada. E, aos poucos, ao folhear as páginas, as histórias, armazenadas em uma caixa de "faz de contas", vão senoo desvendadas. Segundo especialistas, esse mundo encantador deve ser revelado para as crianças na mais tenra idade. A leitura auxilia os menores a lidar com as emoções, na alfabetização, na ampliação do vocabulário, fortalece o vínculo familiar, contribui para construir sua personalidade, desperta a imaginação, traz conhecimento e cultura.

Leitores mirins

"Os pais devem apresentar a seus filhos os livros desde os primeiros meses de vida", enfatiza a pedagoga Elaine Cristina dos Santos Silva, pós-graduada em gestão escolar, coordenação e supervisão. Atualmente, há uma infinidade de títulos para as crianças se divertirem e aprenderem de forma lúdica: dos livros-brinquedo, que emitem sons, até aqueles com textura, figuras e que podem ser molhados e levados no momento do banho da criança. "Eles ainda ajudam no processo da alfabetização e na identificação de símbolos e letras." Segundo ela, apesar de a tecnologia estar muito presente nos dias atuais, não substitui o encantamento pelos livros impressos. "É possível ver os olhinhos das crianças brilhando ao manusear as páginas coloridas de histórias cheias de magia, reis, rainhas, príncipes, princesas, heróis, vilões, lugares secretos e terras distantes

Tudo começa em família

Os filhos espelham-se pelos hábitos dos pais. Se os tutores são leitores assíduos, já "plantaram a sementinha" do saber na cabeça dos pequenos, que vão querer copiá-los. "O encantamento pela leitura surgirá se a criança tiver um ambiente propício, onde se depara com adultos leitores", exemplifica a pedagoga. Para ela, as crianças precisam ter acesso fácil a diferentes tipos de materiais para leitura como livros, gibis, revistas e até jornais, sempre respeitando a faixa etária da criança. Outro fator importante é frequentar bibliotecas ou livrarias. "O costume desperta o desejo da descoberta e atiça a curiosidade", diz ela.


Fanática pelos livros

Hoje em dia, não é mais válida a desculpa de que as crianças não leem porque não têm acesso, devido ao valor do livro ou à falta de opção de encontrar uma literatura infantil.
Kaciane Caroline Marques do Nascimento, de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, é prova disso. Aos 12 anos e de família humilde, a menina já leu mais de 500 títulos entre quatro anos e tem um movimentado canal do YouTube, o "Tanto Faz ou Qualquer Coisa", que aborda séries, tags e desafios.
Ela revela que foi sua professora Maria Cristina, do 2º ano do Ensino Fundamental a grande incentivadora. E, mesmo em plena era digital, ela não abre mão de uma boa história nos livros impressos. "Não existe uma fórmula para gostar de ler, mas é preciso escolher os títulos, de acordo com o gênero que mais gosta", acredita. Para ela, o ideal é começar com obras curtas e evoluir, aos poucos, para aquelas que contêm mais páginas.
A admiração pela leitura fez com que a estudante conseguisse, com a ajuda de empresários e populares, inaugurar uma pequena biblioteca nos fundos da sua casa, em um bairro simples da periferia da cidade. "A biblioteca já possui mais de 5 mil títulos que são emprestados a outras crianças e também a adultos", conta. O Colégio London, tradicional na cidade, foi responsável pela montagem do espaço. E os livros, doados pela população da cidade e da região. "A instituição também me concedeu uma bolsa de estudos", revela, orgulhosa.
Hoje em dia, a menina considera-se feliz por atingir seus principais objetivos e também seus sonhos: recentemente publicou seu livro "Tanto faz ou Qualquer Coisa", pela HN Editora. E seus passos no mundo das letras está apenas começando.

Fonte: Texto de Renata Girodo

domingo, 30 de julho de 2017

Adulto também lê literatura infantil

Há pouco mais de um mês, chegou ao mercado uma revista de livros. A Quatro Cinco Um veio com uma proposta bastante ousada, afinal somos um país que lê tão pouco. De acordo com a pesquisa Retratos de Leituras no Brasil, o brasileiro lê 4,96 livros por ano, sendo que metade disso é leitura obrigatória vinda das escolas.

O conteúdo apresentado pela revista é bastante rico, porém, não é o suficiente. Segmentada, a publicação faz uma clara separação entre o que é conteúdo adulto e o que é infantil. Além disso, o espaço dedicado ao público de literatura infantil também é bastante reduzido.

Claro, isso não é uma invenção da Quatro Cinco Um. De alguma forma bastante ilógica, a literatura infantil é vista como uma literatura menor, com menos prestígio. Alguns defendem essa não divisão, como a pesquisadora Maria Teresa Andruetto, que acredita numa literatura sem o adjetivo (infantil). Para ela, e também para um número grande de pessoas, basta chamar de literatura.

Mas não adianta apenas mudar de nome. Ao entrar numa livraria, por exemplo, é fácil localizar o espaço voltado para os lançamentos, os best-sellers, os livros de adulto e outro onde ficam os livros para as crianças. É preciso mudar de conceito.

Eis a realidade, que talvez algumas pessoas não saibam, mas adulto também lê literatura infantil. Não apenas para os filhos, sobrinhos, alunos... mas porque é bom, é bem feito, é de altíssima qualidade e... porque também tem ilustração. Para quem duvida ou ainda é resistente, Alain Serres escreveu o livro Como ensinar seus pais a gostarem de livros para crianças. Lá, de uma forma bastante didática e divertida, o autor mostra jeitos simples e eficazes de trazer esses adultos para o universo dessa literatura vasta e com um potencial enorme.

"Quatro Cinco Um", de Paulo Werneck e Fernanda Diamant (Editores).

Fonte: Blog Caixote Amarelo, junho 2017

sábado, 15 de julho de 2017

Dá pra ter tempo de ler quando você não tem tempo?

Já tem um tempo que minhas rotinas de leitura e desenho estão bagunçadas, e isso vem bem antes de mudar pra Irlanda. Eu venho tentado consertar as duas aos pouquinhos, e nada mais justo do que compartilhar por aqui algumas dicas que eu mesma tenho achado por aí seja vendo vídeos, seja conversando com amigas, seja lendo em outros posts.
Aqui vai a minha seleção de dicas bem simples pra espantar o pesadelo de ressaca literária e bagunça na rotina.

É melhor estabelecer um ~momento~ pra ler, e não uma hora específica

De todas as pessoas que eu converso, cada uma tem um jeito diferente de ler, uma hora do dia, ou até mesmo um lugar. Então a dica principal é não estabelecer um momento e sim um ~estado de espírito~. Por exemplo: comprometa-se a ler sempre no transporte público, ou sempre que você perceber que vai ficar mais de 20 minutos sem fazer nada e pode avançar um capítulo num livro, seja sentado na sua caminha antes de dormir ou em uma das inúmeras filas de burocracia que a gente tem que passar nessa vida.

Mas lembre-se: encaixar a leitura ou qualquer outra atividade na sua rotina é uma coisa que leva esforço e tempo, não vai acontecer de um dia pro outro. Você precisa se adaptar e fazer dar certo 🙂 No final vale a pena!

Estabeleça umas metas pra você mesmo

Quase como uma competição pessoal? Sim senhores. Quando eu participava de maratonas literárias (aquelas que você tem x horas pra ler sem parar e que são muito divertidas de participar), eu colocava pequenas metas pra mim mesma: se eu estava na página 50, por exemplo, minha meta era chegar na 70, depois na 90 e ir aumentando.

EVITE: sistema de recompensas. Apesar de funcionar as primeiras vezes, se dar uma recompensa cada vez que você lê x páginas ou faz x desenhos, se dar um episódio de Netflix ou um vídeo no YouTube “de presente” como recompensa pode te levar a um loop de maratona –e não queremos isso (não agora)!

USE: o Goodreads tem um sistema de desafios pessoais, onde você estabelece uma meta e conforme vai lendo, a ~barrinha~ vai aumentando –ele até te fala quando você tá atrasada na meta ou adiantada!

Também é legal fazer uma lista dos livros que você MAIS QUER ler. Essa lista pode ter um livro por mês ou até um livro a cada dois meses, o que te deixar mais confortável.

Tente criar o costume de anotar/marcar suas coisas favoritas dos livros

Tem muita gente que é contra escrever em livro ou fazer marcações com as páginas mesmo, mas eu não sou uma dessas pessoas, então uma das coisas que mais me dá animação pra ler é ir anotando nas páginas a minha reação ou as minhas frases favoritas. Mas, se você é mais conservador com seus livros, pode sempre investir em post-its coloridos ou até mesmo num caderninho pra você colocar todas as suas impressões e coisas favoritas de um livro num lugar que é só seu. 

Carregue sempre um livro com você, não importa onde

Essa dica podia estar conectada com a primeira, já que ter um livro na bolsa é o primeiro passo para fazer da leitura algo encaixado dentro da sua rotina e do seu estado de espírito. Ter um livro na sua bolsa/mochila ajuda esse hábito a se desenvolver de forma muito mais natural, e apesar de ser uma dica bem óbvia, precisa ser reforçada.

Dica dentro da dica: se puder, invista em audiobooks e em assinaturas, como a Audible (se você gosta de audiobooks e consegue entender inglês) e o Kindle Unlimited (que tem livros em inglês e em português), ambos da Amazon, ambos de ótima qualidade.

Fonte: Indiretas do Bem, 9 fev. 2017.

sábado, 1 de abril de 2017

Como funciona a biblioterapia, uma tentativa de cura pela leitura

Clínica em Portugal passa a oferecer atendimento com biblioterapeutas, que receitam livros para seus pacientes 

Louise Tiffany, Reading

Em atividade desde o dia 1º de março, a clínica lisboeta The Therapist oferece vários tipos de tratamentos alternativos, da medicina chinesa à naturopatia (que engloba homeopatia, nutrição e massagens terapêuticas). Em meio a eles, foram abertas as primeiras consultas de biblioterapia no país. 

As sessões de biblioterapia são feitas com orientação e prescrição de leituras, segundo o site da clínica. Uma consulta custa € 60 por pessoa, algo em torno de R$ 200. 

Para que o tratamento aconteça, o terapeuta precisa ter acesso aos problemas de saúde do paciente e aos seus hábitos de leitura, dos autores e gêneros que está lendo no momento, para, a partir dessas informações, criar um plano de leitura personalizado. 

Segundo uma reportagem do jornal português “Público”, as consultas são particularmente úteis para adolescentes. Elas os ajudam a aprender a ler e a estudar, a tirar um proveito maior dos livros e a descobrir o prazer da leitura, também como uma maneira de encontrar respostas para suas angústias. 

O biblioterapeuta e “reading coach” da The Therapist, César Ferreira, disse em entrevista ao Nexo que, embora cada caso seja único, os dois dos livros mais prescritos por ele são “O cavaleiro preso na armadura”, de Robert Fisher, e “O velho e o mar”, de Ernest Hemingway. 

A biblioterapia tem sido utilizada em hospitais, penitenciárias, asilos, no tratamento de problemas psicológicos de pacientes de diversas faixas etárias, assim como de pessoas com deficiência física, doentes crônicos e dependentes.

Como a biblioterapia ajuda os pacientes 

Apesar do ar de novidade trazido pela clínica, a biblioterapia vem sendo estudada pelo menos desde meados do século 20. O estudo “A Leitura Como Função Terapêutica: Biblioterapia”, da professora da Universidade Federal de Santa Catarina Clarice Fortkamp Caldin, reúne definições dadas ao método terapêutico por pesquisadores de diversas épocas, desde os anos 1940. 

Os componentes da atividade de leitura descritos pelo estudo como “biblioterapêuticos” são a catarse, o humor, identificação, a projeção e a introspecção que ela proporciona. 

Nas definições de “biblioterapia” apresentadas, alguns dos objetivos e potencialidades do tratamento citados são permitir ao leitor verificar que há mais de uma solução para seu problema, adquirir um conhecimento melhor de si e das reações dos outros, alcançar um entendimento melhor das emoções e afastar a sensação de isolamento. 

Para César Ferreira, quando o paciente é capaz de assumir o papel das personagens do livro e consegue trazer a história e o aprendizado para a sua própria vida, a terapia cumpriu seus objetivos. “Trata-se de viver a ‘jornada do herói’, como menciona Joseph Campbell. Todos nós somos heróis. E a biblioterapia ajuda-nos a sentir isso”, afirmou. 

Para receitar uma leitura, muitos fatores têm de ser equacionados, desde o desafio psicológico a ser ultrapassado pelo paciente até sua capacidade de leitura, o tipo de leitor que é, seu estilo de aprendizagem e limitações físicas, como por exemplo, um eventual problema de visão. 

Na clínica portuguesa, a consulta funciona em três fases: a fase do diagnóstico, a do plano de leitura orientado (o que ler, como ler, como aplicar) e a da “transformação”, em que o paciente já identifica os frutos do processo.


Quem são os biblioterapeutas 

“Os principais requisitos para um biblioterapeuta incluem competências de análise de comportamentos humanos, de hábitos de leitura, de técnicas de rentabilização de leituras e uma grande capacidade em pesquisar e recuperar livros verdadeiramente transformadores”, explicou César Ferreira. O trabalho, segundo ele, consiste em encontrar o livro certo no momento certo para o paciente.

Fonte: Nexo Jornal. Texto de Juliana Domingos de Lima, 28 março 2017.

sábado, 14 de janeiro de 2017

Literatura Censurada: os livros proibidos no Brasil e no mundo

Na lista de proibidos estão J.K. Rowling, Nabokov e George Orwell


Há quem diga: tudo que é proibido é mais gostoso. Como quebrar esse ditado quando há um enorme número de livros que já foram censurados em listas de livros mais vendidos? Por isso, fomos atrás e descobrimos dezenas de livros censurados no Brasil e no mundo. Um bom e atual exemplo é o fantástico mundo do bruxinho Harry Potter, criado pela autora J.K. Rowling. A saga que gerou grande burburinho em diversas religiões chegou a ser banida das escolas privadas nos Emirados Árabes Unidos sob a justificativa de que incentivaria a bruxaria.

Mais recentemente foi a vez do polêmico livro Cinquenta tons de cinza, da autora britânica E. L. James. O bestseller, com mais de 100 milhões de cópias vendidas em todo o mundo, foi banido das prateleiras da Flórida, Geórgia e Wisconsin, nos Estados Unidos. E até no Brasil, na cidade de Macaé, a trilogia foi censurada por sua narrativa com grande apelo sexual, considerada por muitos, pornografia. O mesmo motivo levou o clássico livro Lolita, de Vladimir Nabokov, a ter todas as suas cópias apreendidas em 1955. A obra conta a história de um homem que se apaixona pela enteada de 12 anos.

Palavreado chulo, incitação à prostituição e à rebeldia. Essas foram as justificativas para censurar o livro O apanhador no campo de centeio, de J. D. Salinger. E, mesmo assim, a obra é até hoje uma das leituras preferidas de jovens de todo o mundo. Há ainda aqueles livros censurados por trazerem histórias de um mundo reempreendido por governos totalitários. É o caso de Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, Fahrenheit 451, de Ray Bradbury, e, claro, 1984, de George Orwell.

Ao falar de censura é impossível não nos lembrarmos do período de Ditadura Militar no Brasil (1964-1985), no qual muitas obras foram censuradas pelo Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP). Entre elas estava Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca. Um ano depois de seu lançamento, chegou a ser proibida a sua distribuição e publicação sob a alegação de ferir a moral e os bons costumes. A autora brasileira Cassandra Rios teve tantas obras censuradas durante o regime militar que chegou a usar o slogan “Um novo sucesso da autora mais proibida do Brasil” em um de seus livros.

Confira abaixo os títulos e onde foram censurados:

  • Harry Potter, de J. K. Rowling - Nos Emirados Árabes Unidos, a coleção foi censurada por, supostamente, incentivar a bruxaria.
  • Cinquenta tons de cinza, de E. L. James - Censurado na Flórida, Geórgia e Wisconsin, nos EUA, e na cidade de Macaé, no Brasil, devido ao seu teor sexual.
  • As vantagens de ser invisível, de Stephen Chbosky - Censurado nos Estados Unidos, em 1999, logo após seu lançamento, por falar abertamente sobre homossexualidade e drogas.
  • O apanhador no campo de centeio, de J. D. Salinger - Lançado em 1951, foi alvo de vários protestos. As acusações? Linguagem chula e incitação à rebeldia e à prostituição. Algumas bibliotecas do interior dos EUA tiveram que retirar as cópias de suas prateleiras.
  • Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll - Na China, o livro foi banido por dar aos animais as mesmas qualidades que os homens e colocá-los no mesmo nível hierárquico.
  • Fahrenheit 451, de Ray Bradbury - Ao apresentar uma sociedade na qual o governo totalitário mandava queimar todos os livros do mundo, Fahrenheit 451 teve um destino parecido. A obra é uma das mais indesejadas do mundo por fazer referência ao consumo de drogas e à violência.
  • Admirável mundo novo, de Aldous Huxley - Nos Estados Unidos chegou a ser banido de bibliotecas segundo alegação de que incentivava a promiscuidade e uso de drogas.
  • 1984, de George Orwell - Foi censurado durante a Guerra Fria por apresentar um mundo controlado por totalitários. Também foi proibida por ser tida como pró-comunismo.
  • O crime do Padre Amaro, de Eça de Queirós - Gerou grandes protestos dentro da Igreja Católica ao ir de encontro ao celibato clerical. Foi proibido em salas de aula de Portugal.
  • Feliz Ano Novo, de Rubem Fonseca - Lançado em 1975, foi censurado pelo DIP e teve sua publicação e circulação proibidas, sob a alegação de conter “matéria contrária à moral e aos bons costumes” e também acusado de fazer apologia à violência.
Fonte: Blog Estante Virtual