Pedro Bandeira, 69
anos, tem 77 livros publicados, entre eles A marca de uma lágrima, um marco
para milhares de adolescentes.
"Minha mãe,
uma jovem viúva gentil e carinhosa, tinha pouca instrução. Menino solitário,
meu lazer era ler. Esse hábito me permitiu seguir a profissão de jornalista. Os
livros pariram o escritor que eu sou, o homem feliz que consegui ser. Do mesmo
jeito que é preciso gostar de respirar e de comer para que se continue vivo, é
preciso gostar de ler para sobreviver dignamente num século em que todo o
conhecimento encontra-se escrito. Quem não lê está condenado à exclusão, ao
desemprego e à infelicidade. Eu fico triste quando ouço uma criança dizer que
ler é chato. Ela deveria saber que, para a vida, chato é ser burro!"
Anne Rice, 70
anos, a rainha dos vampiros na literatura, teve seu livro, Entrevista com o
Vampiro, adaptado para o cinema.
"Os livros
começaram a mudar minha vida na infância: lembro das sentenças e imagens lindas
que se formavam em minha mente quando minha mãe lia poesia para mim. No dia em
que passei a ler sozinha, o mundo ficou maior. Os romances da escola me faziam
enxergar as coisas de uma maneira completamente nova. Ler abre universos
inteiros para o leitor. Coloca a gente em contato com ideias, lugares,
personagens e experiências que não seriam possíveis de outra forma. Quem lê
consegue aprender uma quantidade inacreditável de coisas. E escolher obras que
lhe agradem ainda permite melhorar a velocidade e a capacidade de mergulhar na
história."
Zibia Gasparetto,
85 anos, escreve livros espíritas lidos por mais de 25 milhões de pessoas e tem
uma coluna mensal na revista VIVA!, da Editora Abril
"Aprendi a
ler aos 4 anos. Aos 6, ajudava a professora com as lições das outras alunas e,
aos 14, devorava os filósofos famosos, colecionando frases que faziam pensar.
Cursei só até o 4º ano primário, mas a leitura me abriu todas as portas. Um bom
livro alimenta o espírito e é um amigo para todos os dias. Quem gosta de ler
melhora seu vocabulário, aprende com mais facilidade e se torna interessante em
uma conversa. Uma história narrada em um livro faz a gente viajar sem sair do
lugar."
Ruy Castro, 63
anos, tornou-se internacionalmente conhecido pelas biografias que escreveu
sobre Nelson Rodrigues (O Anjo Pornográfico), Garrincha (Estrela Solitária) e
Carmen Miranda (Carmen: uma biografia), entre outras celebridades
"Eu aprendi a
ler sozinho, no colo da minha mãe, antes dos 5 anos. E comparo esse aprendizado
ao ato de nascer. Lembrar do dia em que li pela primeira vez é como lembrar do
meu próprio parto. Conviver com personagens que só existem dentro da cabeça do
escritor e que, de repente, passam a morar dentro da cabeça da gente é uma das
coisas mais gostosas da vida."
Tatiana Belinky,
92 anos, assinou a primeira adaptação de O Sítio do Picapau Amarelo para a TV
"Na minha
casa, todo mundo lia. Eu comecei aos 4 anos e o mundo se abriu para mim.
Aprender a ler é uma grande aventura. Abre os olhos, os ouvidos, a cabeça. Cria
interesses, desperta a curiosidade. A leitura dá uma chance às melhores
emoções. Trata-se de uma doença infecciosa - uma vez exposta a essa
contaminação, a maioria vai gostar. O livro é o melhor amigo de uma pessoa. Um
brinquedo diferente, que nunca acaba. Um objeto mágico, maior por dentro do que
por fora. Cabe um dinossauro, um castelo, um trem. E só abre quando der
vontade."
Fonte: Educar Para
Crescer, Texto de Beatriz Levischi
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