terça-feira, 26 de junho de 2012

Por que é importante gostar de ler

Através da leitura, podemos viajar a novos mundos e transformar nossas vidas. Para sentir prazer, vale ler revistas, gibis, jornais, livros e até receitas culinárias! Cinco escritores renomados contam como os livros mudaram suas vidas para convencer você a estimular o hábito da leitura em casa.

Pedro Bandeira, 69 anos, tem 77 livros publicados, entre eles A marca de uma lágrima, um marco para milhares de adolescentes.

"Minha mãe, uma jovem viúva gentil e carinhosa, tinha pouca instrução. Menino solitário, meu lazer era ler. Esse hábito me permitiu seguir a profissão de jornalista. Os livros pariram o escritor que eu sou, o homem feliz que consegui ser. Do mesmo jeito que é preciso gostar de respirar e de comer para que se continue vivo, é preciso gostar de ler para sobreviver dignamente num século em que todo o conhecimento encontra-se escrito. Quem não lê está condenado à exclusão, ao desemprego e à infelicidade. Eu fico triste quando ouço uma criança dizer que ler é chato. Ela deveria saber que, para a vida, chato é ser burro!"

Anne Rice, 70 anos, a rainha dos vampiros na literatura, teve seu livro, Entrevista com o Vampiro, adaptado para o cinema.

"Os livros começaram a mudar minha vida na infância: lembro das sentenças e imagens lindas que se formavam em minha mente quando minha mãe lia poesia para mim. No dia em que passei a ler sozinha, o mundo ficou maior. Os romances da escola me faziam enxergar as coisas de uma maneira completamente nova. Ler abre universos inteiros para o leitor. Coloca a gente em contato com ideias, lugares, personagens e experiências que não seriam possíveis de outra forma. Quem lê consegue aprender uma quantidade inacreditável de coisas. E escolher obras que lhe agradem ainda permite melhorar a velocidade e a capacidade de mergulhar na história."

Zibia Gasparetto, 85 anos, escreve livros espíritas lidos por mais de 25 milhões de pessoas e tem uma coluna mensal na revista VIVA!, da Editora Abril

"Aprendi a ler aos 4 anos. Aos 6, ajudava a professora com as lições das outras alunas e, aos 14, devorava os filósofos famosos, colecionando frases que faziam pensar. Cursei só até o 4º ano primário, mas a leitura me abriu todas as portas. Um bom livro alimenta o espírito e é um amigo para todos os dias. Quem gosta de ler melhora seu vocabulário, aprende com mais facilidade e se torna interessante em uma conversa. Uma história narrada em um livro faz a gente viajar sem sair do lugar."

Ruy Castro, 63 anos, tornou-se internacionalmente conhecido pelas biografias que escreveu sobre Nelson Rodrigues (O Anjo Pornográfico), Garrincha (Estrela Solitária) e Carmen Miranda (Carmen: uma biografia), entre outras celebridades

"Eu aprendi a ler sozinho, no colo da minha mãe, antes dos 5 anos. E comparo esse aprendizado ao ato de nascer. Lembrar do dia em que li pela primeira vez é como lembrar do meu próprio parto. Conviver com personagens que só existem dentro da cabeça do escritor e que, de repente, passam a morar dentro da cabeça da gente é uma das coisas mais gostosas da vida."

Tatiana Belinky, 92 anos, assinou a primeira adaptação de O Sítio do Picapau Amarelo para a TV

"Na minha casa, todo mundo lia. Eu comecei aos 4 anos e o mundo se abriu para mim. Aprender a ler é uma grande aventura. Abre os olhos, os ouvidos, a cabeça. Cria interesses, desperta a curiosidade. A leitura dá uma chance às melhores emoções. Trata-se de uma doença infecciosa - uma vez exposta a essa contaminação, a maioria vai gostar. O livro é o melhor amigo de uma pessoa. Um brinquedo diferente, que nunca acaba. Um objeto mágico, maior por dentro do que por fora. Cabe um dinossauro, um castelo, um trem. E só abre quando der vontade."

Fonte: Educar Para Crescer, Texto de Beatriz Levischi

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