sexta-feira, 29 de março de 2013

Hábito de ler está além dos livros, diz especialistas em leitura

Entrevistando Roger Chartier 

Um dos maiores especialistas em leitura do mundo, o francês Roger Chartier destaca que o hábito de ler está muito além dos livros impressos e defende que os governos têm papel importante na promoção de uma sociedade mais leitora. Em entrevista à Agência Brasil, o professor e historiador avaliou que os meios digitais ampliam as possibilidades de leitura, mas ressaltou que parte da sociedade ainda está excluída dessa realidade. “O analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital”, disse.

Uma pesquisa divulgada recentemente indicou que o brasileiro lê em média quatro livros por ano (a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pelo Instituto Pró-Livro em abril). Podemos considerar essa quantidade grande ou pequena em relação a outros países?
ROGER CHARTIER: Em primeiro lugar, me parece que o ato de ler não se trata necessariamente de ler livros. Essas pesquisas que perguntam às pessoas se elas leem livros estão sempre ignorando que a leitura é muito mais do que ler livros. Basta ver em todos os comportamentos da sociedade que a leitura é uma prática fundamental e disseminada. Isso inclui a leitura dos livros, mas muita gente diz que não lê livros e de fato está lendo objetos impressos que poderiam ser considerados [jornais, revistas, revistas em quadrinhos, entre outras publicações]. Não devemos ser pessimistas, o que se deve pensar é que a prática da leitura é mais frequente, importante e necessária do que poderia indicar uma pesquisa sobre o número de livros lidos.

Hoje a leitura está em diferentes plataformas?
CHARTIER: Absolutamente, quando há a entrada no mundo digital abre-se uma possibilidade de leitura mais importante que antes. Não posso comparar imediatamente, mas nos últimos anos houve um recuo do número de livros lidos, mas não necessariamente porque as pessoas estão lendo pouco. É mais uma transformação das práticas culturais. É gente que tinha o costume de comprar e ler muitos livros e agora talvez gaste o mesmo dinheiro com outras formas de diversão.

A mesma pesquisa que trouxe a média de livro lidos pelos brasileiros aponta que a população prefere outras atividade à leitura, como ver televisão ou acessar a internet.
CHARTIER: Isso não seria próprio do brasileiro. Penso que em qualquer sociedade do mundo [a pesquisa] teria o mesmo resultado. Talvez com porcentagens diferentes. Uma pesquisa francesa do Ministério da Cultura mostrou que houve uma redistribuição dos gastos culturais para o teatro, o turismo, a viagem e o próprio meio digital.

Na sua avaliação, essa evolução tecnológica da leitura do impresso para os meios digitais tem o papel de ampliar ou reduzir o número de leitores?
CHARTIER: Representa uma possibilidade de leitura mais forte do que antes. Quantas vezes nós somos obrigados a preencher formulários para comprar algo, ler e-mails. Tudo isso está num mundo digital que é construído pela leitura e a escrita. Mas também há fronteiras, não se pode pensar que cada um tem um acesso imediato [ao meio digital]. É totalmente um mundo que impõe mais leitura e escrita. Por outro lado, é um mundo onde a leitura tradicional dos textos que são considerados livros, de ver uma obra que tem uma coerência, uma singularidade, aqui [nos meios digitais] se confronta com uma prática de leitura que é mais descontínua. A percepção da obra intelectual ou estética no mundo digital é um processo muito mais complicado porque há fragmentos e trechos de textos aparecendo na tela.

Na sua opinião, a responsabilidade de promover o hábito da leitura em uma sociedade é da escola?
CHARTIER: Os sociólogos mostram que, evidentemente, a escola pode corrigir desigualdades que nascem na sociedade mesmo [para o acesso à leitura]. Mas ao mesmo tempo a escola reflete as desigualdades de uma sociedade. Então me parece que, também, é um desafio fundamental que as crianças possam ter incorporados instrumentos de relação com a cultura escrita e que essa desigualdade social deveria ser considerada e corrigida pela escola que normalmente pode dar aos que estão desprovidos os instrumento de conhecimento ou de compreensão da cultura escrita. É uma relação complexa entre a escola e o mundo social. E é claro que a escola não pode fazer tudo.

Esse é um papel também dos governos?
CHARTIER: Os governos têm um papel múltiplo. Ele pode ajudar por meio de campanhas de incentivo à leitura, de recursos às famílias mais desprovidas de capital cultural e pode ajudar pela atenção ao sistema escolar. São três maneira de interação que me parecem fundamentais.

No Brasil ainda temos quase 14 milhões de analfabetos e boa parte da população tem pouco domínio da leitura e escrita – são as pessoas consideradas analfabetas funcionais. Isso não é um entrave ao estímulo da leitura?
CHARTIER: É preciso diferenciar o analfabetismo radical, que é quando a pessoa está realmente fora da possibilidade de ler e escrever da outra forma que seria uma dificuldade para uma leitura. Há ainda uma outra forma de analfabetismo que seria da historialidade no mundo digital, uma nova fronteira entre os que estão dentro desse mundo e outros que, por razões econômicas e culturais, ficam de fora. O conceito de analfabetismo pode ser o radical, o funcional ou o digital. Cada um precisa de uma forma de aculturação, de pedagogia e didática diferente, mas os três também são tarefas importantes não só para os governos, mas para a sociedade inteira.

Na sua avaliação, a exclusão dos meios digitais poderia ser considerada uma nova forma de analfabetismo?
CHARTIER: Me parece que isso é importante e há uma ilusão que vem de quem escreve sobre o mundo digital, porque já está nele e pensa que a sociedade inteira está digitalizada, mas não é o caso. Evidente há muitos obstáculos e fronteiras para entrar nesse mundo. Começando pela própria compra dos instrumentos e terminando com a capacidade de fazer um bom uso dessas novas técnicas. Essa é uma outra tarefa dada à escola de permitir a aprendizagem dessa nova técnica, mas não somente de aprender a ler e escrever, mas como fazer isso na tela do computador.

Fonte: Texto de Amanda Cieglinski, Agência Brasil.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Câmara Municipal homenageia Bibliotecárias do Ano nesta quarta-feira

Acolhendo solicitação do vereador Lineu Navarro, autor da Lei 14.194, que instituiu o Dia Municipal do Bibliotecário, a Câmara Municipal de São Carlos promove nesta quarta-feira (27) uma sessão solene para entrega dos títulos de “Bibliotecária do Ano”, a Roseli Aparecida Cavichiole de Camargo e de “Bibliotecária Homenageada do Ano” a Zaira Regina Zafalon, escolhidas após consultas à categoria na cidade. A solenidade, aberta à população, será realizada a partir das 19h30, no Edifício Euclides da Cunha, sede do Legislativo Municipal.



Roseli Aparecida Cavichiole de Camargo, a “Bibliotecária do Ano” tem 21 anos de trabalho como bibliotecária na Prefeitura Municipal de São Carlos. Auxiliou na implantação do Sistema Automatizado para representação descritiva do acervo, bem como sua atualização, padronização e manutenção dos dados na Central de Processamentos Técnico do SIBI-SC bem como nas unidades, Escolas do Futuro vinculadas as respectivas EMEBs. Responsável pela inauguração das bibliotecas Carmine Botta, Dalila Galli e CAIC, que originaram as respectivas Escolas do Futuro em São Carlos e da Biblioteca Pública Municipal Izolda Mamede em Santa Gertrudes (SP).Graduada em Biblioteconomia pela Escola de Biblioteconomia e Documentação de São Carlos, com Licenciatura em Estudos Sociais pela Asser,possui pós graduação em sistemas automatizados de informação (pela PUC de Campinas) e MBA em Gestão de Unidades de Informação na Unicep.





Zaira Regina Zafalon, a “Bibliotecária Homenageada do Ano” é graduada há 20 anos atuou como bibliotecária na Escola Politécnica e na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, ambas da Universidade de São Paulo, na Universidade Nove de Julho e no Centro Universitário da FEI.Depois de quatorze anos voltou para São Carlos na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), desde 2007, onde assumiu a docência no Departamento de Ciência da Informação. Doutora em Ciência da Informação pela UNESP, mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP, especialista em Sistemas Automatizados de Informação em Ciência& Tecnologia, em Administração, Ensino Superior e bacharel em Biblioteconomia e Documentação pela EBDSC.

terça-feira, 19 de março de 2013

Só depois da taba

Foi a coleção de livros-disquinho, vendida na banca do Seu Zé Campos, que me apresentou craques da literatura.


Minha paixão pela leitura surgiu com os gibis. Era a década de 1970. Morava no interior do nordeste, e não era fácil o acesso aos livros de literatura.
Um dia, fui com meu pai até a única banca de revistas da cidade. Ele me apresentou ao dono (Seu Zé Campos) e declarou que a partir daquele dia eu poderia pegar qualquer revista, fiado. Todo mês ele passava na banca e quitava a conta do mês anterior. Meu filho há de gostar de ler – pensava ele.
Ali, conheci a turma do Bolinha e da Mônica. Os gibis de heróis. A cada mês descobria um novo gibi e a conta na banca ficava mais gorda.
No começo dos anos 1980 vi, na banca, algo diferente que me chamou a atenção. Não era um gibi. As ilustrações tomavam conta da página inteira, como se fosse um quadrinho só a contar tanta história. Ah, e vinha com um disquinho junto. Curioso, fiz dele a minha escolha daquele dia e corri pra casa.
O livro Marinho, o marinheiro, de Joel Rufino dos Santos*,  contava a história de um marinheiro que usava um passarinho na cabeça. O capitão do navio o deixava de castigo por não usar boné como todo marinheiro. No disquinho, ouvi a história dramatizada e com músicas. À noite, reli a história na solidão do quarto. Queria mais.
Esperava ansioso a chegada de cada novo livro-disquinho. Comprei toda a coleção. Chamava-se TABA. As histórias, eram de craques da literatura como Ana Maria Machado, Joel Rufino dos Santos, Maria Clara Machado, Ruth Rocha e Sylvia Orthof.
Só depois da TABA que li – e me encantei - com alguns livros da Série Vaga-Lume. Indicados pela escola. Só depois da TABA que me emocionei com Vidas Secas.  Que reli quatro vezes.
Foi aquela coleção – vendida na banca de Seu Zé Campos - que me apresentou à literatura. Meu coração-leitor batia forte esperando por elas. Batia forte enquanto as lia. Batia forte ainda hoje quando me lembro, menino, viajando nas histórias. Pena que haja menos Literatura Infantil de qualidade nas bancas de revistas.

 * Marinho, Marinheiro. Joel Rufino dos Santos. Ilustrações de Michele Iacocca. Editora Abril. 1982.

Fonte: Revista Carta Fundamental n. 45, fev. 2013, Texto de Tino Freitas.

quinta-feira, 14 de março de 2013

A arte de saber ler

Por Rubem Alves


Ela me olhou e disse: "Encontrei um lindo poema de Fernando Pessoa". Fiquei contente, porque gosto muito de Fernando Pessoa. Aí ela disse o primeiro verso. Fiquei mais contente ainda, porque era um poema que eu conhecia. Ato contínuo, ela abriu o livro e começou a ler. Epa! Senti-me mal. As palavras estavam certas. Mas ela tropeçava, parava onde não devia, não tinha ritmo nem música. Não, aquilo não era Fernando Pessoa, embora as palavras fossem suas.
Senti o mesmo que já sentira em audições de alunos principiantes que, via de regra, são um sofrimento para os que ouvem, o maior desejo sendo que a música chegue ao fim e que a aflição termine. Percebi, então, que a arte de ler é exatamente igual à arte de tocar piano ou qualquer outro instrumento.

Como é que se aprende a gostar de piano? O gostar começa pelo ouvir. É preciso ouvir o piano bem tocado. Há dois tipos de pianistas. Alguns, raros, como Nelson Freire, já nascem com o piano dentro deles. Eles e o piano são uma coisa só. O piano é uma extensão dos seus corpos.

Outros, aos quais dou o nome de "pianeiros", são como eu, que me esforcei sem sucesso para ser pianista (consolo-me pensando que o mesmo aconteceu com Friedrich Nietzsche. Atreveu-se até mesmo a enviar algumas de suas composições ao famoso pianista Hans von Büllow, que as devolveu com o conselho de que ele deveria se dedicar à filosofia).

Diferentemente dos pianistas, que nascem com o piano dentro do corpo, os "pianeiros" têm o piano do lado de fora. Esforçam-se por pôr o piano do lado de dentro, mas é inútil. As notas se aprendem, mas isso não é o bastante. Os dedos esbarram, erram, tropeçam, e aquilo que deveria ser uma experiência de prazer se transforma numa experiência de sofrimento não só para quem ouve mas também para quem toca.

Um pianista, quando toca, não pensa nas notas. A partitura já está dentro dele. Ele se encontra num estado de "possessão". Nem pensa na técnica. A técnica ficou para trás, é um problema resolvido. Ele simplesmente "surfa" sobre as teclas seguindo o movimento das ondas. Pois é precisamente assim que se aprende o gosto pela leitura: ouvindo-se o artista —o que lê— interpretar o texto.

Não estou usando a palavra "interpretar" no sentido comum de dizer o que o autor queria dizer, mas não conseguiu, coisa que se tenta fazer nas aulas de literatura (o que é que o autor queria dizer? Ele queria dizer o que disse. Se quisesse dizer uma outra coisa, ele teria escrito essa outra coisa). Estou usando "interpretar" no sentido artístico, teatral. O "intérprete" é o possuído. É ele que faz viver — seja a partitura musical silenciosa, seja o texto teatral ou poético, silencioso na imobilidade da escrita.

Disse William Shakespeare no segundo ato de Hamlet: "Não é incrível que um ator, por uma simples ficção, um sonho apaixonado, amolde tanto a sua alma à imaginação que todo se lhe transfigura o semblante, por completo o rosto lhe empalideça, lágrimas vertam dos seus olhos, suas palavras tremam, e inteiro o seu organismo se acomode a essa mesma ficção?". Tenho a impressão de que, se os jovens não gostam de ler, é porque não tiveram a experiência de ouvir a leitura feita por um possuído.

Uma lembrança feliz que tenho do meu irmão Murilo, já encantado, era que ele lia para mim, menino, livros de aventura: "Náufragos de Bornéo", com um enorme gorila na capa, "Prisioneiros dos Pampas", com dois homens lutando à faca na capa. Isso aconteceu há 63 anos, e não esqueci. Ainda posso ouvir a sua voz possuída pela emoção. É a experiência de ouvir que nos faz querer dominar a técnica da leitura para poder penetrar na emoção do texto.

Há de se dominar a técnica da leitura da mesma forma que se domina a técnica do piano. Acontece que o domínio da técnica é cansativo e frequentemente aborrecido.

Antigamente, o aprendiz de piano tinha de gastar horas nos monótonos exercícios de mecanismo do Hannon. Mas mesmo os grandes pianistas que já dominaram a essência da técnica têm de gastar tempo e atenção debulhando as passagens complicadas que não podem ser pensadas ao ser tocadas. Todo pianista tem de dominar os estudos de Chopin, de dificuldades técnicas transcendentais, maravilhosos.

Mas só têm paciência para suportar o aborrecimento da técnica aqueles que foram fascinados pela beleza da música. Estuda-se a técnica por amor à interpretação, que é o evento orgiástico de possessão.

Por isso eu tenho sugerido a escolas e prefeituras que promovam "concertos de leitura" para seduzir os ouvintes à beleza da leitura. Não custam nada. Uma única coisa é necessária: o artista, o intérprete...

Um concerto de leitura poderia se organizar assim: primeira parte, poemas da Adélia Prado (é impossível não gostar dela...); segunda parte, "O Afogado Mais Lindo do Mundo", conto de Gabriel García Márquez; terceira parte, haicais de Bashô. Acho que todo mundo gostaria e sairia decidido a dominar a arte da leitura.

Fonte: Jornal Folha de São Paulo, Caderno Sinapse, de 17 de março de 2004, Ilustração de Victor Brageda.

terça-feira, 12 de março de 2013

Dia do Bibliotecário

Dia 12 de março é comemorado o Dia do Bibliotecário. Parabéns a todos que escolheram a Biblioteconomia como profissão!

Biblioteconomia: uma profissão em evolução.

Nesta terça-feira, 12, é o Dia do Bibliotecário. Mas afinal, você sabe o que faz um bibliotecário?

"Atividades que começaram na biblioteca, em suportes físicos,
foram transferidas para a web", diz a bibliotecária Zaira Regina
Zafalon. (Foto: Divulgação)
Uma imagem que muitas pessoas têm a respeito deste profissional é que ele apenas cuida e gerencia uma biblioteca, no entanto, o universo desse profissional não se restringe apenas aos livros, revistas e outros materiais das bibliotecas tradicionais há tempos. O trabalho de um bibliotecário é muito abrangente, pois se pode atuar em centros de documentação ou informação, arquivos, centros culturais, centros de memória, museus, editoras, empresas de rádio, TV e Internet, órgãos governamentais, empresas privadas e do terceiro setor, bancos de imagem, serviços de informação em geral, entre outros.

Em São Carlos existe o curso de Biblioteconomia e Ciência da Informação, na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), sendo este um dos mais conceituados e atualizados do país. Hoje são aproximadamente 210 alunos matriculados e mais de 500 formados desde sua primeira turma - formada em 1996.

A docente Zaira Regina Zafalon explica que as atividades que começaram em bibliotecas, com suportes físicos, foram transferidas para outro universo: o da internet. “Atividades que começaram na biblioteca, em suportes físicos, foram transferidas para a web. O universo informacional atual concentra-se na internet, onde se tem outra visão das atividades, com novas perspectivas por conta da informação em ambientes digitais. Podemos dizer que atualmente o bibliotecário trabalha com informação em contextos semânticos. Ele tem um amplo mercado de trabalho e sua formação permite que atue universos diferenciados, voltados, especificamente, para fluxos, representação e recuperação da informação”.

A professora Zaira Zafalon também conquistou o Prêmio Laura Russo, que será entregue hoje em São Paulo, oferecido pelo Conselho Regional de Biblioteconomia do Estado de São Paulo, órgão regulador da profissão. O Prêmio é outorgado anualmente a bibliotecários, personalidades e instituições que, por meio de suas ações e atuações, promovem e contribuem para a difusão do conhecimento e construção de uma sociedade mais igualitária. “Tive a honra de receber essa premiação e entendo que seja o reconhecimento da pesquisa que venho desenvolvendo nos últimos anos em decorrência do meu doutorado”.

Em relação ao curso oferecido pela UFSCar, a professora diz que é um curso no qual se propõe maior flexibilização na formação do graduando de modo a diversificar e articular conteúdos que visem diferentes formas de atribuições profissionais e acadêmicas, sempre pautadas na responsabilidade social exercida pelo bibliotecário, arranjo que concilia, também, as práticas de pesquisa dos docentes do curso.

Formada há 11 anos pela UFSCar, a bibliotecária Priscila Marlletta, conta que escolheu essa profissão por ser uma pessoa bastante organizada. “Eu acho que um ambiente organizado ajuda muito na vida das pessoas, sem contar que trabalhar com informação é fascinante e hoje tudo é informação”.

Ela conta que, na época, a maior dificuldade que encontrou foi o reconhecimento profissional fora da biblioteca. “A ciência da informação não trabalha somente em biblioteca, mas vários tipos de empresas nacionais e multinacionais, centros de informação, pesquisa com busca e recuperação de informação. Hoje, passados dez anos de formada, vejo que está mais reconhecido, mas na época que me formei era mais difícil”.

Fonte: Jornal Primeira Página, de 12 de março de 2013.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Barganha Book no SP Leituras

O livro "Notas de Biblioteca 5", elaborado pela Associação Paulista de Bibliotecas e Leitura, (SP Leituras) traz projetos das bibliotecas públicas de todo o estado de São Paulo voltados para o incentivo à leitura da comunidade. E o Sistema Integrado de Bibliotecas de São Carlos, o SIBi, foi um dos exemplos citados com o Projeto Barganha Book, promovido pela Divisão de Incentivo à Leitura.
 
Confiram todos os outros neste endereço.

E também todas as outras publicações sobre bibliotecas públicas paulistas aqui.
 

Fonte: Biblioteca Viva, SP Leituras.